Renault espera «crise longa» - TVI

Renault espera «crise longa»

Renault Laguna Coupe en 250

Fabricante recusa fechar linhas de montagem em França

Relacionados
O grupo automóvel francês Renault vai conhecer uma «crise longa» que poderá prolongar-se a 2010, ou até 2011, afirmou hoje o director-geral delegado Patrick Pelata, confirmando uma redução de efectivos de 9 mil pessoas em 2009.

Pelata reafirmou «o compromisso de Renault em não fechar a linhas de montagem em França durante a vigência do empréstimo» do Estado de 3 mil milhões de euros.

As construtoras automóveis francesas, Renault e PSA Peugeot Citroën, comprometeram-se em não fechar fábricas em contrapartida de empréstimos do Estado de seis mil milhões de euros sobre cinco anos.

O grupo deve «preparar-se para que a situação actual de uma baixa dos mercados da ordem de 20 a 25 por cento possa durar ainda todo o ano de 2009, todo o ano de 2010 e talvez todo o ano de 2011», declarou Pelata, escreve a Lusa.

Se a situação vier «a degradar-se ainda um pouco mais, é claro que a empresa terá de fazer um pouco mais de sacrifícios para se manter firme nos dois pés», advertiu à margem de uma audição nas comissões das Finanças e dos assuntos económicos no Senado francês.

Passam de 129 mil para 120 mil assalariados

Pelata manifestou-se, no entanto, «confiante» tendo em conta as medidas tomadas internamente pela Renault e o nível actual das encomendas.

Para as encomendas no conjunto da Europa, o grupo está hoje «ligeiramente acima do nível de 2008», disse Pelata, referindo-se à progressão das vendas de pequenos modelos sustentadas pelo prémio para os veículos em fim de vida implementado pelo governo.

O grupo que disse ter passado ao «modo de management de crise» vai continuar a reduzir a massa salarial com recurso acrescido ao trabalho parcial.

Neste contexto, os efectivos serão reduzidos de 9 mil pessoas este ano, cerca da metade dos quais na França, passando de 129 mil para 120 mil assalariados, indicou Pelata, salientando ainda que os investimentos da Renault no veículo eléctrico «vão ultrapassar os mil milhões de euros nos dois próximos anos».
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE