Os portugueses são os que beneficiam dos preços mais baixos (antes de impostos) do mercado Europeu, segundo o dossier Automóvel do Observador Cetelem, que analisa os mercados automóveis na Europa e a sua evolução até 2012.
Já os luxemburgueses são os que mais investem no automóvel e os belgas os que fazem mais quilómetros e compram mais veículos a diesel.
Os italianos são os maiores consumidores de veículos novos e os espanhóis compram o seu veículo novo onze anos antes dos alemães ou dos franceses, continuando a escolher a berlina, um segmento que está a perder velocidade nos restantes países. Os britânicos conservam a sua viatura menos dois anos do que a média europeia.
Em termos de dinâmica dos mercados todos aqueles que, em tempos sofreram uma quebra tendem nos próximos anos a crescer. Exemplos são a Itália, a Espanha e o Reino Unido, onde as matrículas de viaturas novas aumentaram no período 2000-2007 e as quais vão sofrer uma redução até 2012.
A contrariar esta tendência está a França, a Alemanha e Portugal que registaram uma quebra entre 2000 a 2007, mas que deverão iniciar uma retoma que poderá atingir o seu ponto culminante em 2012.
Crescimento da procura voltará a Portugal
Se as conjunturas dos sectores automóveis nacionais parecem repletas de contrastes, o saldo global é translúcido. As vendas agregadas dos oito países analisados pelo Observador Cetelem vão progredir de pouco mais de 1% entre 2000 e 2012, o que é um indício claro da maturidade do mercado nos países em que as taxas de equipamento estão perto da saturação. Portugal continuará a sua progressão graças aos veículos utilitários ligeiros.
Quanto às vendas acumuladas nos sete países abrangidos pelo estudo, ultrapassaram em 2006 o seu recorde histórico e representaram cerca de 85% das vendas da Europa Ocidental. Do lado dos níveis elevados de vendas encontramos a Itália e a Espanha que beneficiam de prémios públicos de incentivo à substituição de veículos antigos e o Reino Unido que navega numa conjuntura económica promissora.
Do lado dos mercados deprimidos encontramos a França e Portugal, vítimas de uma debilidade da procura doméstica, e a Alemanha, que vê actualmente o reverso da medalha da antecipação das aquisições em virtude do aumento da taxa do IVA em 3%, no início de 2007.
«Mas este efeito do IVA deverá acabar por se desvanecer e o crescimento da procura voltará em França e em Portugal», rematam.
Carros: portugueses são os que beneficiam de preços mais baixos
- Carla Pinto Silva
- 15 abr 2008, 14:03
Luxemburgueses são os que mais investem no automóvel
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