Comunicações, bancos e seguros lideram lista de 120 mil reclamaçoes - TVI

Comunicações, bancos e seguros lideram lista de 120 mil reclamaçoes

Livro de reclamações

Dados da Direcção-geral do Consumidor mostram aumento de quase 50% em 2007

A Direcção-geral do Consumidor (DGC) recebeu no total mais de 120 mil queixas em 2007, ou seja, um aumento de 46,9% face às registadas no livro de reclamações em 2006. A liderar a tabela ficaram as entidades dos sectores regulados pela ASAE.

Concorrência diz que serviços bancários são caros

Em termos relativos, o número de reclamações entradas no primeiro semestre de 2007 na DGC é superior em 68% às entradas, em igual período, do ano anterior e só no segundo semestre de 2007, o número de reclamações introduzidas foi superior em 41% às entradas de igual período de 2006.

Só a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) totalizou cerca de 75 mil queixas em 2007, uma subida considerável face a 2006, já que nesta altura apenas foram recebidas 40 mil reclamações. A contribuir para estas queixas esteve o «cumprimento defeituoso, o atendimento deficiente, a informação pré-contratual insuficiente e assistência pós-venda inadequada» revelam os dados da Direcção-geral do Consumidor.

Mas há mais. Relativamente à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), foram recebidas 18.597 queixas, a maioria relacionadas às comunicações electrónicas e aos equipamentos utilizados, atendimento, assistência e erros na facturação. Já no sector de serviços postais referem-se ao atendimento ao cliente, falta de tentativa de entrega e atraso de entrega da correspondência.

Os bancos também não escapam às queixas com o Banco de Portugal a receber 7.445 reclamações, relacionadas com a demora no atendimento, deficiência das instalações e cortesia nas relações com os clientes. Assuntos relacionados com cheques, crédito à habitação e movimentação de contas também vieram à «baila» na hora de reclamar.

O Instituto de Seguros de Portugal (ISP) e a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) foram o destino de cerca de mil reclamações, no primeiro caso relacionadas com a morosidade na resolução dos processos e a dificuldade na obtenção de informação sobre os processos e, no segundo caso, devido aos problemas na facturação e qualidade do serviço técnico e comercial prestado.

O Turismo de Portugal recebeu também 3.574 queixas. Os preços elevados e as instalações utilizadas pelas agências de viagens e estabelecimentos hoteleiros foram a «gota de água».
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