Tebas: «Saída de Messi não foi uma decisão económica, tenho a certeza» - TVI

Tebas: «Saída de Messi não foi uma decisão económica, tenho a certeza»

Javier Tebas (Reuters)

Presidente da Liga Espanhola disse ainda que «no Barcelona há um sequestro psicológico por parte de Florentino Pérez, como um complexo de inferioridade»

Relacionados

Javier Tebas, presidente da Liga Espanhola, deu uma entrevista ao jornal SPORT em que falou sobre a saída de Messi do Barcelona, mudando-se depois para o PSG.

Questionado sobre se a saída do argentino é prejudicial para a Liga Espanhola, o responsável afirmou: «Claro. Exatamente como quando Ronaldo, Guardiola ou Mourinho foram embora. Sabíamos que um dia isso aconteceria.»

«Tivemos a grande sorte de ter os dois melhores jogadores do mundo nas duas melhores equipas do mundo e da LaLiga e soubemos aproveitar isso para nos colocarmos na linha da frente mundial. Talvez a saída de Messi tenha sido um pouco mais dolorosa porque pessoalmente considero-o o melhor da história, e ele não merecia sair assim, não só pelo Barça, mas também pela LaLiga», acrescentou, dizendo que a saída do argentino «poderia ter sido evitada».

«Discuti isso com Laporta por telefone e com o seu Conselho de Administração. Procuraram-se soluções, se é que o motivo foi económico. Acho que na próxima temporada, com os números que o Barça dá, veremos se Messi poderia realmente ter ficado ou não. Respeito o clube, mas é preciso contar as coisas como são», disse ainda o presidente a Liga Espanhola, garantindo em seguida: «Não foi uma decisão económica, tenho a certeza.»

Questionado sobre se a saída de Messi aconteceu por causa do acordo da Liga Espanhola com o fundo internacional CVC para injetar 2,7 mil milhões de euros na competição e nos clubes, Tebas afirmou:

«Se Laporta chegou a acordo com Messi é porque aceitou o acordo. Esteve mais de um mês a favor, por isso dizia que as coisas estavam a correr bem. Até me ligou algumas vezes para acelerar a operação porque Messi estava a ficar nervoso.»

«O projeto CVC é um projeto global para todos os clubes LaLiga e beneficiou o FC Barcelona, não só ao nível da dívida, mas ao nível da massa salarial, numa perspetiva de médio prazo», garantiu o responsável, acrescentando:

«O clube concordou com o acordo por várias semanas e nas últimas 72 horas tudo desmoronou. Foi uma decisão da influência de Ferran Reverter [CEO do Barcelona] sobre Joan Laporta e as pessoas que lhe são mais próximas, e acho que está intimamente ligada à Superliga e à estratégia que o Real Madrid também segue.»

«Tenho a sensação que que no Barcelona há um sequestro psicológico por parte de Florentino Pérez, como um complexo de inferioridade», apontou ainda.

Continue a ler esta notícia

Relacionados