«Messi é difícil de gerir. Quem sou eu para o mudar?» - TVI

«Messi é difícil de gerir. Quem sou eu para o mudar?»

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«Ele é muito reservado, mas faz-te ver as coisas que ele quer», diz Quique Setién

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Quique Setién falou sobre o seu período como treinador do Barcelona numa conversa com Vicente del Bosque, publicada pelo jornal El País, e revelou como foi a sua relação com Messi.

«Há jogadores que não são fáceis de gerir, entre eles Leo, é verdade», começou por dizer. «Também é preciso ter em conta que é o melhor jogador de todos os tempos. E quem sou eu para o mudar? Se ali o aceitaram durante anos como é, não o mudaram…»

«Existe outro lado, que não é o de jogador, e é mais complicado de gerir. Muito mais. Algo inerente a muitos atletas como vi no documentário de Michael Jordan», explicou o ex-treinador do Barcelona, continuando: «Ele é muito reservado, mas faz-te ver as coisas que ele quer. Não fala muito, mas olhar sim, olha», explicou.

«Depois de sair, o que sei é que em certos momentos deveria ter tomado outras decisões, mas há algo que está acima de ti: o clube. E está acima do presidente, do jogador, do treinador. É o clube e os adeptos. É a eles que deves o maior respeito e deves fazer o que for mais conveniente para o clube», disse Setién, que foi despedido em agosto.

«Há milhões de pessoas que pensam que Messi, ou qualquer outro jogador, é mais importante do que o clube e o treinador. Este jogador, como outros à sua volta, viveu 14 anos a conquistar títulos, a conquistar tudo.»

Del Bosque recordou durante a conversa uma frase que Tata Martino disse a Messi: «Sei que telefonas ao presidente e me podes despedir a qualquer momento, mas não me mostres isso todos os dias». E Setién respondeu: «Não preciso que me digam o que disse Tata Martino ou outro. Vivi isso. Tenho experiências suficientes para fazer uma avaliação exata de como é esse rapaz e os outros.»

«O Messi é o melhor de todos os tempos. Houve outros grandes jogadores que foram fantásticos, mas a continuidade que este rapaz tem ao longo dos anos ninguém a teve. Talvez Pelé. Disse-lhe um dia que há 15 anos que esperava que chegasse o dia do jogo do Barcelona para o ver jogar.»

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