Famílias aplicam menos em depósitos - TVI

Famílias aplicam menos em depósitos

Particulares tinham investido 130,5 milhões de euros em setembro, menos 893 milhões do que no mês anterior

[EM ATUALIZAÇÃO]

As famílias aplicam cada menos em depósitos. Em setembro deste ano, os particulares tinham investido neste tipo de poupança 130,5 milhões de euros, menos 893 milhões de euros do que no mês anterior.

Os dados do Banco de Portugal são um reflexo da crise, e de menos dinheiro no bolso dos portugueses. Mas também sinónimo da queda de juros nos depósitos a prazo versus outros tipos de poupança mais apetecível, como as obrigações de empresas.

Em setembro, foram aplicados quase 7 mil milhões de euros em depósitos, menos 45% do que em janeiro.

O boletim do Banco de Portugal revela ainda que as empresas tinham depositados 29.872 milhões de euros, mais 80 milhões que no mês anterior mas uma queda superior a 800 milhões face ao homólogo.

O documento revela ainda uma queda homóloga de 3,57% no crédito concedido, para 135.471 milhões de euros. A descida mais siginificativa diz respeito ao crédito ao consumo (-8,89%), para 13.645 milhões.

O crédito para outros fins também desceu 5,79% para 11.077 milhões, e o crédito à habitação baixou 2,64% para 110.749 milhões.

Pelo contrário, o malparado aumentou em todos os segmentos: 5,22% no crédito para a compra de casa, situando-se agora nos 2.199 milhões; 14,63% no crédito destinado ao consumo, para 1.583 milhões e 10,92% no cédito com outros fins, que agora está nos 1.209 milhões. No total, o malpardo entre os particulares ascende a 4.991 milhões (mais 9,43% que no mesmo período do ano passado).

A este valor, há ainda que juntar 10.288 milhões de euros de cobrança duvidosa no crédito às empresas, uma queda de quase 440 milhões face ao mês precedente, mas quase mais 3.500 milhões que no homólogo.

O crédito concedido às empresas, por seu lado, situou-se nos 108.076 milhões de euros, uma queda de cerca de 450 milhões em apenas um mês e de 8,4 mil milhões num ano.
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