Silas: «Os jogadores são todos bons, uns para a II B, outros para a Champions» - TVI

Silas: «Os jogadores são todos bons, uns para a II B, outros para a Champions»

Silas (Lusa)

Belenenses-Desp. Aves 2-5 (reportagem)

Relacionados

Silas, treinador do Belenenses, depois da goleada consentida diante do Desportivo das Aves (2-5), no Estádio do Restelo, em jogo da 22ª jornada da Liga.

- O inicio do jogo condicionou, mas não foi só isso. Na primeira parte e em muitos lances da segunda cometemos muitos erros. O primeiro golo parece-me uma boa jogada do Aves e um erro coletivo nosso. Esse ainda se aceita. O Aves teve mérito, bom cruzamento e bom golo. Todos os outros golos foram ofertas nossas. Se o segundo pode acontecer [erro de André Moreira], já vi grandes guarda-redes sofrer golos assim. Já o terceiro não me parece normal. É também uma oferta nossa. Não é concebível que um central que tem mais vinte centímetros possa perder aquela bola. Já não foi a primeira vez, aconteceu também em Setúbal. O quarto golo também não me parece que seja penalty. Nenhum dos golos foi uma perda de bola atrás. Tudo aquilo que possa ser erros de estratégia, não corresponde à verdade. Sofremos pela falta de concentração, por perder duelos aéreos. O Aves em contra-ataque é mortífero. Mesmo assim tivemos mais remates do que Aves, os golos consentidos foram muito ofertas nossas.

[Aposta em Tiago Caeiro em detrimento de Maurides?]

- Com o Tiago procurámos aquilo que ele nos dá. Tivemos muitos cruzamentos que ele podia ter finalizado. Dá-nos intensidade que neste momento falta ao Maurides que está numa fase de recuperação a nível físico. Esteve bem, mas depois daquele golpe que sofreu na cabeça teve de sair. Foi só por isso que saiu, senão tinha ficado. Depois, o Maurides entrou bem. Temos três avançados, temos de escolher um, acabámos por escolher o Tiago.

[Falhas defensivas]

- Da maneira que idealizámos jogar aqui, é preciso ter muito carácter. É preciso de jogadores com muito caráter, no sentido de serem valentes, de não terem medo, de cada vez que se vai a um duelo ter orgulho em ganhar o duelo. Hoje, como em Setúbal, não tivemos isso. Faltou-nos esse caráter em mais do que um jogador. Os dois centrais, por exemplo, perderam muitas bolas. São coisas que não esperávamos que pudessem acontecer tantas vezes. Temos de trabalhar, temos de pensar também se essa forma valente de encarar o jogo se pode adequar a estes jogadores. São eles que jogam, nós temos de pensar na melhor maneira de os poder potenciar. Quando se perde duelos individuais, não há hipóteses, não há uma equipa que sobreviva. No final de contas, o que conta é o duelo. Tralhamos para eles chegarem da melhor forma a esses duelos, agora se os perdem, perdemos todos. Se falta essa atitude competitiva, que uns têm, outros não, não vamos lá. Os jogadores são todos bons, uns para para a II B, outros para a Champions. Temos de trabalhar mais, mas depende muito dos jogadores. Eu não vou lá saltar, têm de ser eles. Se eles perderem os duelos, vamos perder todos. É tudo uma questão de mentalidade.

[Quinze jogos sem vencer]

- Vamos ter de analisar os jogos, pensar se com estes jogadores podemos aspirar a jogar de maneira tão valente e arriscada. Vou ter de pensar muitas coisas. Temos de analisar e trabalhar. Façamos o que façamos, já identificámos o problema. Uma coisa é perder um duelo aéreo com o Bas Dost, outra coisa é perder com o Paulo Machado. No terceiro golo, o nosso central perde um duelo com o Paulo Machado que depois isola o Elhouni.

Continue a ler esta notícia

Relacionados