Bruno Lage recebeu esta segunda-feira o prémio de treinador do ano na Gala de Quinas de Ouro e, na hora de o receber, fez questão de lembrar os outros candidatos: Fernando Santos, Paulo Fonseca, Vítor Oliveira e Vítor Pereira.
«As primeiras palavras vão para os outros nomeados, tenho um passado comum com algum deles. Estava nos juniores do Benfica quando o Fernando Santos era treinador da equipa principal. Jogámos muitas vezes, nunca ganhei. O Paulo Fonseca do Estrela da Amadora e também nunca ganhei. O Vítor Oliveira defrontei-o na equipa B do Benfica… quem lhe consegue ganhar?», começou por questionar.
«Da maneira que isto está é melhor nem jogar com o Vítor Pereira. Para ganhar primeiro temos de perder muito. Ninguém gosta, mas temos de saber perder», prosseguiu.
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Lage aproveitou ainda para deixar alguns agradecimentos. «Agradeço a aposta do presidente [Luís Filipe Vieira], ao Tiago Pinto e ao Rui Costa e aos jogadores e equipa técnica», afirmou, dedicando ainda o prémio à mulher, Maria, e ao filho, Jaime.
Mais tarde, em declarações aos jornalistas, Lage partilhou os louros da distinção com a equipa: «O prémio é o reconhecimento do trabalho em equipa. (…) Fizemos uma segunda volta fantástica, vencemos o título coletivo que é o mais importante e este prémio individual é o reconhecimento desse trabalho coletivo.»
O técnico das águias comentou ainda a estreia de Ferro na convocatória para a Seleção A, ele que foi chamado para suprir a ausência do lesionado Pepe.
É um motivo de orgulho a chamada do Ferro. É uma fatalidade aquilo que aconteceu ao Pepe, mas isto é a vida, o azar de uns é a sorte de outros. Encontrei o Ferro na equipa B há um ano um pouco desacreditado, mas ciente daquilo que podia ser o percurso dele. Temos feito este percurso juntos, e esta chamada à Seleção A é um orgulho.