A capacidade goleadora tem sido uma das características do Benfica de Bruno Lage.
Em 31 jogos realizados desde que o técnico natural de Setúbal substituiu Rui Vitória, os encarnados já somaram 95 golos, dez deles nos dois primeiros jogos oficiais desta temporada.
Confrontado com estes números, Bruno Lage garantiu que não tem em mente atingir a centena de golos já neste sábado diante do Belenenses e recordou um episódio até agora desconhecido da noite em que o Benfica se sagrou campeão nacional.
«Depois de termos ido ao Marquês, tivemos um pequeno lanche já madrugada dentro no Estádio da Luz. Os jogadores ainda tinham energia para se irem divertir e fiquei eu e o nosso diretor-geral Tiago Pinto. Olhámos os dois para a televisão, completamente sóbrios porque não tínhamos bebido nada, e estávamos a ver o nosso jogo com o Santa Clara. Quando fazemos o 4-0 ainda temos 20 minutos para jogar e comentámos que naquela altura, se marcássemos um golo, ficávamos na história como o melhor ataque do Benfica», disse o treinador do Benfica.
Lage referia-se ao registo máximo do Benfica de 1963/64, na qual pontificavam nomes como Eusébio, Mário Coluna, António Simões, José Augusto, entre outros.
«Mais tarde, enquanto vou a conduzir para casa, pensei que até era giro a história ficar assim. Íamos tirar esse recorde a uma grande equipa, que foi bicampeã da Europa. De alguma forma se fez justiça: nós só ganhámos um campeonato. E tirar esse recorde a uma equipa que foi bicampeã da Europa...»