Seferovic: «Lage deu-me a confiança que precisava» - TVI

Seferovic: «Lage deu-me a confiança que precisava»

Avançado suíço fala da conquista do título e da sua melhor época de sempre

Da porta de saída a goleador da Liga. Haris Seferovic esteve para deixar o Benfica no início da época, mas acabou por contribuir com 23 golos para a conquista do título.

Em entrevista à TVI depois da melhor época de sempre, Haris Seferovic falou da caminhada do Benfica para o 37º título e da importância da confiança depositada por Bruno Lage no seu desempenho.

A festa da reconquista ainda está bem presente nos vossos pensamentos…foram muitas emoções, uma longa época que terminou com a conquista do título…

Haris Seferovic: Acabou bem, mas não foi fácil, pois estivemos com sete pontos de atraso. Como sempre dissemos, encarámos jogo a jogo, para no final vermos como ficavam as contas. Estamos todos contentes com a conquista do título.

Como estava a equipa animicamente quando Bruno Lage assumiu o comando?

HS: O mister mudou a equipa para 4x4x2, e depois falou connosco para pensarmos jogo a jogo e para trabalharmos diariamente. Queríamos ganhar, ficar em primeiro lugar, e conseguimos.

A chegada de Lage também dita o aparecimento do melhor Seferovic de sempre. O que mudou para desatar a marcar golos e terminar como melhor marcador?

HS: Não mudou muito, mas o mister deu-me confiança, mesmo se estivesse dois ou três jogos sem marcar. Deu-me confiança para crescer, trabalhar em prol da equipa. Se marcasse ficava contente, se não marcasse também ficava, pois em primeiro lugar está a equipa, e só depois estou eu. O mister deu-me a confiança que eu precisava. Foi isso que mudou com Bruno Lage.

Com Rui Vitória não sentia essa mesma confiança, sentia que tinha o lugar em risco se não marcasse?

HS: Não sei. A vida é mesmo assim: às vezes as coisas correm bem, outras vezes não. Tens de lutar até ao fim, e foi isso que eu fiz. Mostrei que queria jogar, ajudar a equipa. Rui Vitória é muito boa pessoa, também falava comigo, não tenho nada a dizer contra ele. Colocava o onze que entendia, e eu respeitava.

João Félix tornou-se o seu parceiro na frente de ataque. É um jovem com algo especial?

HS: Sim. Tem uma técnica muito boa, é muito frio em frente à baliza e entende o jogo muito bem. O meu entendimento com ele também é muito bom. Muita gente pergunta porquê, mas é algo que não se explica. É assim e pronto. Eu entendo o que ele quer, e ele sabe como eu jogo, onde quero a bola. Entendemo-nos muito bem no campo e também fora.

Um dos momentos marcantes do jogo com o Santa Clara foi também a entrada em campo do Jonas, em lágrimas. Ele já disse aos colegas que vai retirar-se?

HS: Nunca disse que ia acabar a carreira. Não sei se vai ou não. O Jonas é que sabe, mas é um grande jogador, uma grande pessoa. Tem uma grande história aqui, faz muitos golos, e para muita gente é o número 1. Espero que fique mais um ano connosco.

Voltando à recuperação do Benfica no campeonato, quando é que sentiram que já não iam perder o campeonato? Foi a vitória no Dragão?

HS: Não sei. Queríamos ganhar todos os jogos, mas pensámos jogo a jogo, para fazer as contas no final. Estávamos apenas a fazer o nosso trabalho. É isso que gostamos, e no final foi muito bom, conquistámos o título.

Foi a melhor época de sempre do Seferovic, com 23 golos, quando o máximo até aqui tinham sido onze golos. Já tem uma meta para a próxima temporada?

HS: Vivo dos golos, mas também dos meus colegas. Não faço nada sozinho. Só quero estar bem, sem lesões graves. Costumo dizer que, se trabalhares muito e estiveres bem, vais conseguir tudo. É só isso que eu quero, estar bem.

Para já vai ter o duelo com Portugal para a Liga das Nações. O que espera desse jogo?

HS: Vamos dar tudo para ganhar, vamos ver o que acontece...

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