Vieira retira todos os políticos da Comissão de Honra - TVI

Vieira retira todos os políticos da Comissão de Honra

Luís Filipe Vieira na TVI

António Costa, Fernando Medina e todos os detentores de cargos públicos deixam de apoiar publicamente o candidato às eleições do Benfica

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Luís Filipe Vieira anunciou esta quinta-feira que retirou da Comissão de Honra às eleições do Benfica todos os detentores de cargos públicos: o primeiro-ministro António Costa e o presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina deixam por isso de figura na lista pública de apoiantes do atual presidente e candidato às eleições de outubro.

«Nos últimos quatro dias, António Costa, Fernando Medina e muitos outros foram atacados de forma incompreensível e torpe, não pelo apoio que enquanto sócios do Sport Lisboa e Benfica entenderam dar-me, como já o tinham feito em 2012 e 2016 sem que se tenha assistido a qualquer tipo de alarido, mas, precisamente, pela perceção pública que, de forma concertada, os media foram construindo, deturpando e usando como catalisador de uma campanha populista de difamação», pode ler-se no comunicado de Luís Filipe Vieira.
 
«Repito o que já disse, estou de consciência tranquila e, se for condenado, no futuro, em algum dos processos de que nestes dias tanto se fala, serei o primeiro a tomar a iniciativa, saindo pelo meu pé da presidência do Sport Lisboa e Benfica. É tempo de os líderes partidários, e alguns dos políticos que mais se indignaram nestes dias, estarem mais preocupados em combater a tendência de transformar em sentença transitada a notícia de uma suspeita ou de uma acusação judicial.»
 
O presidente encarnado acrescenta, de resto, que «a presença numa comissão de honra esgota-se aí, não se prolonga para lá da eleição», esclarecendo que «foi assim no passado e seria também assim nesta janela eleitoral».

«Como é meu dever, tenho de agradecer a todos os benfiquistas que até agora decidiram manifestar-me o seu apoio, mas não posso permitir que instrumentalizem o Sport Lisboa e Benfica e a minha comissão de honra em lutas políticas que nada têm que ver com o clube a que presido e a cuja presidência serei recandidato. Não posso tolerar que este clima difamatório se prolongue, nem que seja aproveitado para atacar de forma indevida o carácter e a seriedade de quem se limitou a expressar-me, enquanto sócio, o seu apoio», adianta o comunicado.
 
«Nesse sentido, e agradecendo a todos a disponibilidade manifestada, tomei a iniciativa de retirar da minha comissão de honra todos – todos – os titulares de cargos públicos, sejam autarcas, deputados ou membros do Governo. É triste que, 46 anos depois do 25 de Abril, se tenha de censurar quem livremente decidiu manifestar-me o seu apoio, mas o populismo e a demagogia dos dias de hoje obrigam-me a fazê-lo de forma a terminar com uma polémica injustificada e profundamente hipócrita.»

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