Keaton Parks lembra dia 1 no Seixal: «Treinador mandou-me para o ginásio» - TVI

Keaton Parks lembra dia 1 no Seixal: «Treinador mandou-me para o ginásio»

Keaton Parks (Benfica)

Norte-americano recorda passagem pelo Benfica, a começar pela chegada, «nervoso», ao centro de treinos dos encarnados. Fala ainda sobre o «choque de culturas» no Varzim

Relacionados

Keaton Parks, atualmente a jogar no New York City FC, recordou a passagem por Portugal e pelo Benfica, tendo admitido que, antes da «felicidade pura» em chegar à Luz, passou por um «choque de culturas» no Varzim.

«Cheguei ao Varzim, tive de me adaptar a uma realidade nova. Era uma pequena cidade mesmo em cima da praia, foi um choque de culturas. Não há muitas pessoas a falar inglês, mas nunca foi muito mau. O que senti quando cheguei ao Benfica? Felicidade pura. Nunca cresci a ver o Benfica, mas sabia que eram gigantes no mundo do futebol, foi um sonho concretizado», começou por dizer, em declarações ao Benfica Podcast.

Keaton deixou rasgados elogios ao complexo dos encarnados no Seixal, que disse ser uma novidade para ele.

«Foi tudo uma surpresa, tudo novo para mim. Todos os clubes grandes na Europa têm academias, eu nunca tive isso nos EUA. Quando cheguei, era um grande complexo dedicado apenas ao futebol, e isso foi fantástico. O mais fixe foi ver os sub-12/sub-13: apanhavam o autocarro para a escola, mas viviam lá nos dormitórios e andavam sempre a dar toques, a jogar uns com os outros, a fazer o que queriam, mas sempre tudo relacionado com futebol e achei isso a melhor coisa de sempre. Estes miúdos crescem a jogar à bola, a desenvolver as habilidades, o toque de bola, têm todos estes recursos, e eu gostava de ter passado por um sítio assim quando era mais novo», confessou.

Tendo chegado às águias pela equipa B, o médio lembrou o primeiro dia de treino, quando Hélder Cristóvão o mandou ir ao ginásio.

«No início estava um pouco nervoso, tive de provar o que valia. No primeiro dia, estava muito calor e eu estava a usar uma camisola de cavas. O treinador chegou à minha beira e disse-me, até em jeito de brincadeira: ‘Tens de começar a ir ao ginásio.' Acho que cresci rápido, os meus colegas foram sempre simpáticos e os funcionários sempre fantásticos, ajudaram-me muito. Tive de me habituar à minha nova vida no futebol, onde estava sempre no complexo, sempre a treinar», revelou.

Depois da afirmação na equipa B, o jovem americano teve oportunidade de se estrear no Estádio da Luz.

«Tinha vindo a treinar com a equipa principal. Não sei quem me trouxe a notícia, talvez o Rui Vitória. Eles levavam sempre 20 homens, por isso só à hora do jogo sabia se estava convocado e no banco. Estreei-me num jogo contra o Vitória de Setúbal, 50 mil no estádio, vi o meu professor de português sentado nas bancadas até. Foi algo inacreditável para mim, estava habituado a ver o Jonas, o Salvio, o Pizzi, todos na televisão, e depois estava no banco ou a jogar com eles, foi uma grande recompensa, os resultados do meu trabalho estavam à vista», finalizou.

Continue a ler esta notícia

Relacionados