Jesus: «É um resultado que está a doer» - TVI

Jesus: «É um resultado que está a doer»

Treinador do Benfica analisa empate no Estoril

Jorge Jesus, treinador do Benfica, analisa o empate no Estoril, para a 10.ª jornada da Liga (1-1):

«O resultado penaliza-nos. Não só pelos dois pontos que perdemos, mas também pelo que fizemos para ganhar este jogo, sobretudo na segunda parte. Já sabíamos que ia ser difícil, mas até foi mais fácil do que a equipa pensava. Entrámos a ganhar e tivemos várias ocasiões para fazer o 2-0, mas não conseguimos. No futebol não há jogos controlados, mas o Estoril teve poucas ocasiões para criar perigo. A equipa sentiu que podia ganhar sem fazer o segundo golo. O jogo, aparentemente, parecia que estava fácil. O futebol é isto: uma bola parada, um lançamento que até era a favor do Benfica, os jogadores ficaram a falar com o árbitro… mesmo assim tivemos possibilidade de reposicionar no canto, mas os jogadores continuaram a falar com o árbitro e não estavam focados no que deviam fazer. Quando parece que tens as coisas mais ou menos definidas… mas com 1-0 não defines nada. É um resultado que nos está a doer. Nunca pensámos, depois de estar 90 minutos a ganhar, e com tantas oportunidades, sofrer um golo como sofremos. De bola parada tudo pode acontecer. Fomos penalizados por isso. Podíamos ter saído daqui com os três pontos, mas não conseguimos fazer o mais fácil, tendo em conta o que trabalhámos no jogo, que era fazer o segundo golo. Quem não acaba com o jogo, está sujeito ao que aconteceu.»

 

«Não tenho a mesma opinião que o Benfica fez uma fraca exibição. Se o Benfica marcasse as oportunidades que teve, não se colocava essa questão. É verdade que o Pizzi não toca na bola, mas daí até nascer o lance do canto há mais uma ou duas ações. A equipa ficou desfocada do jogo, focou-se no árbitro, e acabou por ser penalizada. O Estoril acreditou. Com 1-0 qualquer equipa acredita que pode empatar, e o Estoril penalizou-nos. Saímos daqui com um sentimento pesado.»

 

[sobre a entrada de Gonçalo Ramos ao intervalo, para o lugar de Yaremchuk] «Vocês viram o jogo em Guimarães. Para mim foi o melhor do Benfica em Guimarães. Não só pelo que jogou, mas pelo que correu. É um jovem, queria que tivesse estes 45 minutos. Ele liga melhor o jogo, baixa melhor, faz as diagonais. Ele não entra de início porque veio do jogo de Guimarães. Achei preferível dar a primeira opção ao Yaremhcuk, mas a ganhar 1-0 senti que podia criar mais espaço, até numa saída. Ficávamos com três jogadores mais rápidos. Depois, no início da segunda parte, também comecei a sentir que o Darwin não tinha a frescura que eu queria. Foi por isso que meti o Ramos. Ele tem uma jogada espetacular, uma das melhores oportunidades do Benfica, com o Diogo e o Rafa. Fizemos o mais difícil, que foi não meter a bola na baliza. Mas dentro do que eu esperava dele, ajudou a equipa.»

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