Como seria de esperar, Jorge Jesus foi confrontado durante a apresentação como treinador do Benfica com a forma como saiu há cinco anos das águias para o Sporting.
O treinador sabe que a escolha do seu nome não foi bem acolhida por todos os adeptos, mas pediu união em torno do clube, sublinhando que a sua profissão pode obrigar a mudar de clube.
«Queremos todos os adeptos unidos por uma causa, que é o Benfica, e não o Jorge Jesus. Eu sou treinador de futebol. Não sou treinador de nenhuma equipa. Mas todas as equipas em que trabalho, faço-o com amor e morro pelas equipas que lidero», declarou, lembrando a relação que criou com os adeptos do Flamengo.
«Quando cheguei ao Brasil, não me conheciam e não acreditavam em mim. E quando vim embora, os adeptos choraram. Quero fazer o mesmo aqui», diz.
Por isso, a promessa é a de trabalho. E a garantia de que não é o mesmo treinador da primeira passagem pelo clube.
«A única coisa que posso prometer é o meu trabalho. Não estou a chegar como há dez anos. Chego com muito mais títulos. Hoje no mundo sou muito conhecido. Sou conhecido e tenho de agradecer por isso ao Benfica e ao Flamengo. Mas foi também graças à minha capacidade de trabalho», realçou
Outro tema das perguntas dos jornalistas foram as palavras de Vieira aquando da saída de Jesus do clube, afirmando que «não era o treinador para o projeto do Benfica».
Afinal, o que mudou: o projeto do clube, ou o treinador?
«Não há dúvida que os projetos de futebol fazem-se e desfazem-se. Quem toma posições é que tem de saber o que quer para os projetos. Um dia, o projeto é uma coisa, no dia seguinte é outra. A valorização das pessoas passa pelos projetos, que são mutáveis», defende.
«Aquilo que posso dizer é que o novo ciclo do Benfica é um projeto muito mais vencedor do que era», finalizou.