E-toupeira: oficial de justiça implicado quebra o silêncio - TVI

E-toupeira: oficial de justiça implicado quebra o silêncio

«Nunca tive acesso a nenhum processo», diz Júlio Loureiro

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O oficial de justiça Júlio Loureiro, um dos arguidos no processo e-toupeira, garantiu que estar inocente e negou todas as acusações que lhe são imputadas pelo Ministério Público (MP).

«Como tenho dito desde o primeiro minuto, nunca acedi a qualquer processo, nunca fiz nenhuma busca em base de dados, não cometi qualquer crime. Sou inocente. Sou arrastado para este processo não sei porquê», disse Júlio Loureiro em declarações à TVI.

«Pensei sempre que o processo fosse arquivado em relação a mim e acabo por ser surpreendido com uma acusação», referiu ainda, acrescentando: «Vou lutar para provar a minha inocência.»

Recorde-se que na terça-feira, o MP acusou a SAD do Benfica e o seu assessor jurídico Paulo Gonçalves, e os funcionários judiciais Júlio Loureiro e José Silva de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no âmbito do caso e-toupeira.

Questionado sobre a ligação a Paulo Gonçalves e ao clube encarnado, Júlio Loureiro afirmou: «Ando há muitos anos no futebol, conheço muita gente no Benfica, no Sp. Braga, Felgueiras, Fafe, em clubes da distrital… em qualquer lado. Ando aqui há 30 anos, conheço muita gente.»

«Sou conhecido, como sou de muitos outros diretores, advogados, treinadores e jogadores», reforçou, negando ser amigo do assessor jurídico do Benfica.

Segundo a acusação, Júlio Loureiro terá recebido convites e bilhetes para vários jogos no Piso 1 do Estádio da Luz, designado por «Anel VIP», com acesso ao lounge para refeições e a parqueamento, além de produtos de merchandising do clube, como camisolas e cachecóis.

Quanto a isso, Júlio Oliveira foi parco em palavras: «Não vou comentar.»

Em causa estão os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, e oferta ou recebimento indevido de vantagem Favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática são os outros crimes imputados aos acusados.

O arguido Júlio Loureiro, escrivão e observador de árbitros, está acusado de 76 crimes: um de corrupção passiva, um de recebimento indevido de vantagem, um de favorecimento pessoal, seis de violação de segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo e de 28 crimes de falsidade informática.

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