Lage: «A nossa primeira parte foi fantástica» - TVI

Lage: «A nossa primeira parte foi fantástica»

Bruno Lage

Liga Campeões: Benfica-Lyon, 2-1 (reportaggem)

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Bruno Lage, treinador do Benfica, em declarações na conferência de imprensa após a vitória sobre o Lyon por 2-1 no Estádio da Luz:

«Concordo [que o Benfica foi melhor na primeira parte e o Lyon na segunda]. A estratégia era muito simples. Ter dinâmicas diferentes nos corredores. Manter Cervi aberto para prender o lateral, manter Seferovic na profundidade máxima porque sabíamos que em velocidade poderíamos ganhar espaço nas costas. Depois ter Rafa com espaço entre linhas para poder jogar à vontade, receber, rodar e enfrentar os defesas, que teriam dificuldades com homens ágeis como o Rafa.

Isso aconteceu de forma perfeita. A forma como entrámos no jogo e o golo foi ao encontro do que pensámos para o jogo. Gedson tem um ataque à profundidade também forte, mas em termos de transporte não é tão forte.

Com tal, ficámos com a mesma estratégia mas com jogadores de características diferentes. No entanto, de registar mais duas ou três boas oportunidades, principalmente por Seferovic, que se isolou na primeira parte, outra com um bom cruzamento da direita em que atirou por cima da trave e algumas situações em que quer Gedson quer Cervi entraram muito bem entre espaços entre os defesas na profundidade. A nossa primeira parte foi de grande nível.

Na segunda parte o Lyon tem mais bola, mas na minha opinião não tem grandes oportunidades evidentes. Tem uma defesa do Odysseas Vlachodimos, e nós antes do golo temos a situação do Pizzi, em que atira a bola ao poste.

Pelo que foram as nossas oportunidades, penso que somos uns justos vencedores.

[Sobre as alterações implementadas. Foi bem-sucedido na rotação. Isso prova que é possível ser bem-sucedido mesmo com rotação e que é este o caminho?]

«Isto não é rotação. Esta é a nossa forma de trabalhar. Quando as coisas acontecem bem, resultam, quando não acontecem tão bem, não resultam, mas pensamos em fazer sempre o nosso melhor. Imagine que o Cervi faz o golo na primeira jornada na cara do guarda-redes. Imagine que o Rafa hoje não faz o golo: estávamos a falar de forma diferente. (…) A nossa forma de trabalhar é treinar os jogadores da melhor forma, entender quais são as suas características, como ligá-los e criar um coletivo que também vive das características individuais dos atletas.

Temos acertado mais vezes, temos vencido mais vezes e não vamos mudar, porque foi desta forma que chegámos até aqui.»

[Benfica mais pressionante nos primeiros meses de Bruno Lage. Agora não se nota tanto. É uma dor de cabeça?]

«Os momentos do jogo vivem muito das características individuais dos jogadores. A pressão, a recuperação defensiva e a recuperação de bola devem acontecer em determinados espaços. Não aconteceu à frente, mas aconteceu entre os dois médios. Veja quantas bolas o Gabriel e o Florentino recuperaram na saída do Lyon. A transição e a recuperação de bola não tem de ser necessariamente à frente.

Recuperámos muitas bolas, porque a nossa velocidade defensiva à largura quer de Tino quer de Gabriel é fantástica e permite-nos fazer isso, aliada ao trabalho dos dois avançados. Teríamos também de vencer o duelo dos corredores, não permitindo cruzamentos. Cervi tinha como missão ajudar Grimaldo para não haver o tipo de cruzamentos como o que deu o golo, mas são situações que acontecem. (…) Controlando isso, tínhamos de vencer os duelos individuais para sermos superiores ao Lyon.

[Muitos adeptos não saíram satisfeitos]

«Dizer-lhes que estamos a jogar numa competição de grande exigência. A primeira parte foi fantástica e na outra a outra equipa teve de reagir. A saída do Rafa por lesão e a do Seferovic por lesão fomos perdendo o que eu achava que era determinante, que era a velocidade e colocar sempre enorme instabilidade na linha defensiva [do Lyon].»

[Benfica relançado na luta pelo apuramento? Vitória retira peso à equipa?]

«É apenas uma vitória. Podemos olhar é para o que pretendíamos. Depois da paragem prolongada, ter uma reentrada forte: vencer o Cova da Piedade, o Lyon e agora o Tondela. Não conquistando pontos hoje, estaríamos numa posição muito difícil, porque trata-se de um grupo muito equilibrado onde todas as outras equipas tinham pontos.»

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