Lage: «Fazemos poucas faltas? Não está no ADN dos nossos jogadores» - TVI

Lage: «Fazemos poucas faltas? Não está no ADN dos nossos jogadores»

Treinador do Benfica reconhece alguma falta de agressividade, mas frisa que ter jogadores que conferissem isso teria repercussões na produção de jogo ofensivo. E reconhece que a equipa reagrupa muito atrás

Bruno Lage concorda que um dos problemas do Benfica prende-se com a falta de agressividade e com o facto de recorrer poucas vezes à falta para travar as transições ofensivas dos adversários.

«Sim. Já falei aqui sobre essa situação: com Samaris e Tino a jogar, no primeiro golo do Sp. Braga na época passada perdemos a bola à entrada da área adversária e vamos fazer um penálti», começou por dizer.

«Não gosto de falar sobre arbitragem, mas gosto de olhar para um jogo e aquelas faltas quando um adversário é ultrapassado e é agarrado ou travado em falta, é cartão amarelo na minha opinião. Uma coisa é chegar tarde ao lance, tocar no colega, ajudá-lo a levantar-se, mas são lances em que estamos frente a frente. Temos aqui vários jgadores que saem de lances e que são agarrados em falta e os jogadores são avisados», acrescentou Lage, assumindo que o Benfica não tem jogador com características para travarem os adversários dessa forma.

«Não fazemos essas faltas, é um facto. Podemos travar as situações de outra maneira», disse, colocando em cima da mesa outro problema cuja causa não partilhou. «Para além da questão individual de agressividade e de não termos esses jogadores que façam faltas, é um problema mais tático que não vos vou dizer que nos leva a reagrupar muito perto da nossa baliza. Mas isso não é de agora. Vem de trás. Basta ver alguns golos na época passada para verificar isso. Agora, dizer ao Rafa para quando for ultrapassado agarrar ou fazer uma falta, não está no ADN dos nossos jogadores. Mas sermos agressivos de frente, ganharmos a bola e fazermos uma boa pressão, isso está no ADN dos jogadores.»

Bruno Lage considerou ainda que ter esse tipo de jogador o obrigaria a alterar a dinâmica da equipa e não é isso que pretende. «Esse tipo de jogadores não tem a competência e a qualidade para jogar aquele futebol vivo, dinâmico e de pé para pé que nos deixa felizes a nós treinadores e adeptos», apontou.

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