Este é «um dos melhores locais do país» para mergulhar - TVI

Este é «um dos melhores locais do país» para mergulhar

Berlengas

Mar das Berlengas cada vez mais procurado para observar a diversidade marinha

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O mar das Berlengas, com águas transparentes que proporcionam boa visibilidade, está a ser aproveitado por cada vez mais pessoas para fazer mergulho e observar a diversidade marinha, desde peixes, grutas ou vestígios de naufrágios, refere a Lusa.

As Berlengas são consideradas um dos melhores locais do país para mergulhar e tem aumentado do interesse pela prática da actividade, levando ao surgimento de empresas que se dedicam ao mergulho nas Berlengas.

Em 2004, o principal centro/escola de mergulho de Peniche formou 30 mergulhadores e quatro anos depois o número cresceu para 350.

«As Berlengas são o melhor que temos em Portugal para mergulhar. Podem ver-se muitas espécies e em grandes quantidades, trata-se de um pequeno santuário», disse Pedro Oliveira, mergulhador e responsável pelo maior centro de mergulho da cidade.

«Vê-se de tudo», observou, por seu lado, José Alberto Fernandes formador do mesmo centro de mergulho, referindo-se a atuns, robalos, douradas, sargos, abróteas ou polvos.

«Existem ainda muitas grutas onde se consegue mergulhar e gregónias (espécie de coral)», adiantou José Fernandes, que também fotografa o fundo do mar e contribuiu para o registo de mais de 300 espécies subaquáticas existentes nas Berlengas.

As imagens foram reunidas no «Guia das espécies», publicado em Setembro do ano passado.

Segundo o biólogo Nuno Vasco Rodrigues, autor do guia, nas Berlengas «concentram-se espécies de águas mais frias e de águas mais quentes, face à influência mediterrânica e daí a sua biodiversidade».

O aquecimento global do planeta é uma das hipóteses apontadas para a existência de espécies de águas mais quentes como o peixe «riscado» e o crustáceo «cavaco» - espécie de lagosta mais pequena - comuns na costa africana e nas ilhas da Madeira e dos Açores.

Para José Fernandes, não há dúvidas: «quem mergulha em Portugal mais cedo ou mais tarde quer vir às Berlengas».

Além disso, acrescentou, «os peixes andam à volta dos mergulhadores sem fugir o que é muito interessante de ver».

«Temos clientes desde os 10 aos 50 anos mas os que praticam mergulho com regularidade situam-se na faixa etária entre os 35 e os 50 anos, são pessoas com mais potencial financeiro (cada mergulho custa 70 euros e o curso de mergulhador 400 euros)», disse Pedro Oliveira.

«É uma actividade não destrutiva, praticada num meio diferente daquele que as pessoas vivem no seu dia-a-dia e é ao mesmo tempo uma forma de escape», afirmou.

Aos portugueses, juntam-se cada vez mais turistas estrangeiros que via Internet fazem reservas para mergulhos aos fins-de-semana, altura em que, à excepção das épocas em que as condições do mar não permitem, são feitos os mergulhos nas Berlengas.

Este ano, com o Inverno mais rigoroso, a primeira «expedição» de 2009 só pôde acontecer no segundo fim-de-semana de Fevereiro.

Para os mergulhadores, a observação da diversidade marinha começa logo após a saída do porto de Peniche.

Na travessia até às ilhas (Berlenga, Estelas e Farilhões) podem observam-se golfinhos e peixes-luas.
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