Francisco Louçã considerou esta quarta-feira que a proposta do PS para o levantamento parcial do sigilo fiscal é «uma ideia peregrina» e uma «coscuvilhice fiscal», defendendo que o fim do segredo bancário é a única forma de combater a corrupção.
«Ainda não lemos a proposta, mas o que é divulgado pela comunicação social é uma ideia peregrina, a ideia de que todos os montantes da declaração de IRS seriam declarados publicamente, isto vem da parte de um partido que quer impedir a administração fiscal de fazer uma verificação pelas contas bancárias do dinheiro que as pessoas têm, do dinheiro legal, e do combate ao dinheiro ilegal, que é o da corrupção», avançou em declarações à Lusa.
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O líder bloquista assinalou que os socialistas recusaram «a proposta do BE e de muita gente do próprio PS, no sentido de fazer a verificação das contas».
«Dizem-nos agora que há uma nova forma que é o vizinho olhar para a conta do outro vizinho para poder talvez descobrir alguma coisa que nunca será descoberta», ironizou Louçã, que disse ainda «não aceitar medidas a fingir e de coscuvilhice fiscal».
«Queremos transparência e queremos responsabilidade e é por isso que a única forma é sempre a proposta que o BE fez, que é a que resultou em todos os outros países da Europa excepto em Portugal», reforçou.
Recorde-se que o Partido Socialista (PS) quer publicar os rendimentos brutos de todos os contribuintes na Internet. O objectivo é combater a fraude fiscal.
Rendimentos na Internet: proposta é «coscuvilhice fiscal»
- Redação
- CPS
- 3 fev 2010, 14:49
Bloco defende que fim do segredo bancário é a única forma de combater a corrupção
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