Povoações desertas, população envelhecida e falta de mão-de-obra caracterizam muitas aldeias e cidades do interior do país. Para combater a desertificação no concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, a autarca Irene Barata resolveu importar habitantes.
Esta quinta-feira chegam ao ponto mais central do país, as primeiras famílias brasileiras que vão povoar o concelho. Quatro casais com filhos vêm para trabalhar na «restauração», área em que há falta de mão-de-obra, disse ao PortugalDiário a presidente da Câmara.
Ao contrário de muitos imigrantes que chegam a Portugal ilegalmente, à procura de uma vida melhor, estas famílias têm contrato de trabalho, escola para as crianças, visto de residência e habitação gratuita para estes primeiros meses de vida em Portugal.
O objectivo da autarquia é trazer mais famílias brasileiras para a região, num processo realizado ao abrigo de um protocolo que a câmara de Vila de Rei tem com a prefeitura da cidade brasileira de Maringá.
Segundo a imprensa maringanense, não faltaram interessados em atravessar o Atlântico, o que obrigou a prefeitura a encerrar as inscrições por excesso de candidatos.
«A população Vila de Rei está a encarar bem» a chegada dos novos habitantes, afirmou Irene Barata. A autarca explicou que «muitos dos moradores de Vila de Rei também têm família no Brasil e compreendem que, assim como fomos bem recebidos lá, também devemos receber bem quem chega».
Ainda assim, há algumas vozes contra, mas Irene Barata é peremptória: «Em Vila de Rei não há desemprego¿ para quem quiser trabalhar».
A autarca quer trazer mais famílias brasileiras para o concelho, mas não avança quando e quantas pessoas serão. Mas a ideia da autarquia já começou a ser adoptada por privados que estabelecem como objectivo trazer cerca de 250 trabalhadores brasileiros até 2008.
Repovoar interior com imigrantes
- Sara Marques
- 4 mai 2006, 13:02
Vila de Rei traz famílias brasileiras para colmatar falta de habitantes e trabalhadores. E garante-lhes emprego, visto de residência e habitação gratuita para início de vida em Portugal. Em Maringá, choveram candidatos
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