Aborto: PCP quer mobilização de militantes - TVI

Aborto: PCP quer mobilização de militantes

  • Portugal Diário
  • 13 jan 2007, 22:09

Campanha vai contar com o «empenhamento total» dos dirigentes

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, a pelou hoje à mobilização dos militantes comunistas para a campanha do referendo sobre o aborto, que será «uma prioridade» para o partido e contará com o «empenhamento total» dos dirigentes.

«O Comité Central apela aos militantes do PCP para darem corpo a uma programação que concretize um vasto e diversificado contacto directo com os eleitores e eleitoras, que permita esclarecer e mobilizar para o voto, contribuindo para uma forte e expressiva vitória do sim», disse Jerónimo de Sousa.

Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de uma reunião do Comité Central do PCP, prometeu o «empenhamento total» do partido para campanha, que contará com «o envolvimento de todos os dirigentes» comunistas e a realização de «iniciativas muito diversas», numa «campanha própria».

Naquela que será também uma «campanha tradicional», apostada no «contacto directo» com as pessoas, o próprio secretário-geral do PCP tem já agendada a sua participação em «sete grandes iniciativas». «Mas não será uma campanha centrada nos dirigentes ou numa pessoa só», acrescentou Jerónimo de Sousa, sublinhando que a campanha para o referendo de 11 de Fevereiro não poderá ser uma campanha «só de luta partidária», mas essencialmente de esclarecimento e mobilização dos eleitores para o voto no «sim».

O esclarecimento e a mobilização serão, assim, «as questões centrais que, para o PCP, estarão no centro do debate e na necessária acção de esclarecimento e mobilização, combatendo as deturpações deliberadas e a manipulação dos sent imentos religiosos para impedir o debate sereno e clarificador que se impõe», sublinhou ainda Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista considerou também que o que está em causa na despenalização da interrupção voluntária da gravidez é «uma questão de saúde pública» e o «direito às mulheres de não serem criminalizadas» por abortarem.

«O voto no sim é o único voto que rejeita o aborto clandestino e inseguro, defende a saúde das mulheres e põe fim às investigações humilhantes e de devassa da vida da mulher, aos julgamentos e às penas de prisão», disse Jerónimo de Sousa, reafirmando que a manutenção da actual lei «é injusta, desadequada e desumana»
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