Subida à II Liga: Arouca defende pontos, Praiense liderança, Olhanense play-off - TVI

Subida à II Liga: Arouca defende pontos, Praiense liderança, Olhanense play-off

Sp. Espinho-Lourosa no Campeonato de Portugal

Líderes de série no Campeonato de Portugal com ambição de promoção, mas ideias distintas

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Arouca, Praiense e Olhanense, respetivamente líderes das séries B, C e D do Campeonato de Portugal, defenderam esta quarta-feira a ambição de promoção à II Liga de futebol profissional, no mesmo dia em que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deu por concluídas as provas seniores do futebol não profissional. Contudo, ideias distintas. O Arouca defende-se na pontuação para ser, como a FPF antecipou indicar, um dos «dois clubes que acedem à II Liga», o Praiense pede mérito aos primeiros classificados e o Olhanense um play-off, seja a quatro ou oito equipas.

Para o Arouca, a FPF «deve indicar os dois clubes que conseguiram obter melhor resultado classificativo (entenda-se mais pontos) até à data da suspensão da competição». «Só desta forma se poderá garantir e valorizar a dedicação, esforço e mérito dos jogadores que compõem as equipas nesta competição e, consequentemente, a verdade desportiva», refere uma nota do emblema de Aveiro.

A ideia do Arouca assentaria aos seus intentos, uma vez que os comandados de Henrique Nunes, com 58 pontos, são o segundo melhor primeiro classificado, atrás do Vizela, que tem 60. O Olhanense tem 57 e o Praiense 53.

Precisamente da Praia da Vitória chega a ideia de que é «mais do que justo» o clube açoriano subir à II Liga. O presidente do emblema da ilha Terceira, Marco Monteiro não considera justa a análise da FPF aos dois clubes a indicar para a subida, pois defende a subida automática dos primeiros classificados.

«É mais do que justo o Praiense subir, como todos os outros clubes que estão em primeiro lugar também devem achar que deviam subir. Quem está em primeiro, é porque merece estar em primeiro», afirmou Monteiro, à Lusa. «Excecionalmente, a Federação tinha de arranjar uma solução, juntamente com a Liga, de não prejudicar quem, por mérito próprio, estava nos primeiros lugares. Na pior das hipóteses, deviam subir quatro. O Praiense devia mesmo subir, incondicionalmente», sublinhou, desconhecendo os critérios que a FPF vai aplicar para a promoção e que «nunca» foi informado da posição do organismo sobre o assunto.

Por seu turno, o Olhanense sugeriu a realização de um play-off como o método mais justo para apurar os clubes que sobem à II Liga para 2020/2021. «O Campeonato de Portugal deve ser decidido em campo e a decisão da subida deve passar por um play-off com as melhores equipas, sejam elas quatro ou oito. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deve olhar para a meritocracia dentro do campeonato», afirmou o presidente da SAD dos algarvios, Luís Torres, à Lusa.

Torres rejeita a ideia de atribuir as vagas de subida às duas equipas com mais pontos, dizendo que isso «não seria lógico» por ser uma competição com quatro séries.

«Há outros métodos. Uma subida na secretaria não pode ser decidida com base em pontos. Se fosse uma só série, era justo. Havendo quatro séries, que não são iguais, seria ilógico eleger duas equipas com base na sua pontuação atual», vincou.

Sobre a situação dos jogadores, que têm «salários e subsídios em dia» e continuam a treinar sozinhos, com base nas indicações da equipa técnica liderada por Filipe Moreira, a situação «mudou muito pouco», embora estejam em estudo opções diversas, na sequência das negociações entre FPF e Sindicato dos Jogadores. «Os jogadores portugueses regressaram às suas terras e os jogadores estrangeiros estão em Olhão, em apartamentos nossos, com condições de vida básicas asseguradas. Mas, enquanto não houver essa decisão final da FPF, e havendo esperança na realização do play-off, vamos ter de esperar», sustentou.

O Vizela também já expressou a sua posição face à subida à II Liga.

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