«Governo deve evitar recorrer a sábios em processos de privatização» - TVI

«Governo deve evitar recorrer a sábios em processos de privatização»

António carrapatoso

Qualquer processo de privatização, ou abertura de capital, tem que ser claro e apostar na abertura no mercado. Esta é a opinião do presidente da Vodafone Portugal, António Carrapatoso.

Qualquer processo de privatização, ou abertura de capital, tem que ser claro e apostar na abertura no mercado. Esta é a opinião do presidente da Vodafone Portugal, António Carrapatoso.

Durante a sua apresentação como orador no almoço da Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa, o responsável da operadora móvel disse que é difícil estimular a concorrência, um dos objectivos porque se bate o Compromisso Portugal do qual faz parte, se não houver clareza nos processos.

À margem do almoço Carrapatoso referiu à Agência Financeira o processo de privatização (ou de qualquer abertura de capital) «deve procurar-se que seja mais aberto, com regras mais claras e previamente definidas.»

Sem nunca mencionar nomes, o responsável acrescentou que, «na medida dos possíveis, deve evitar-se recorrer a sábios», uma vez que «não sei se é a melhor maneira» alega o mesmo. Recorde-se que no processo de venda do capital da Galp energia, detido pela Parpública, foram chamadas a participar quatro entidades, em consórcio, sendo que a escolha final das que passariam à última fase, de negociação directa com o Governo, recaiu sobre um comité de sábios, nomeado pelo mesmo.

Carrapatoso voltou a enumerar as setes grandes causas propostas ao país no âmbito da Declaração de Alcântara. Sendo elas: um novo estado social; uma sociedade mais justa; uma melhor educação para os nossos filhos; melhores serviços públicos; reduzir os impostos; uma maior criação de riqueza. mais e melhor emprego; uma melhor justiça e melhor ambiente e melhor qualidade de vida.

O responsável reforçou a ideia de que o Compromisso Portugal aposta na criação de um novo Estado Social, baseado na igualdade de oportunidades e desde logo numa educação de base para todos os portugueses; em serviços públicos eficientes e de qualidade; numa despesa pública controlada que não constitua um travão ao desenvolvimento; num sistema fiscal competitivo, transparente e minimizador da evasão fiscal; em mercados abertos e em sã concorrência; num sistema de justiça e legislação simples e eficaz; num melhor ambiente e numa maior qualidade de vida.

No próximo mês de Outubro ou Novembro, deverá realizar-se um evento semelhante aquele que aconteceu no Convento do Beato, no qual serão chamados a intervir políticos de vários países «para falarem do porquê do seu sucesso (de desenvolvimento dos seus países) (...) de forma a pressionar a alteração que queremos que aconteça em Portugal», acrescentou ainda o presidente da Vodafone Portugal.
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