ACAP revê estimativa de quebra de vendas para 23,5% - TVI

ACAP revê estimativa de quebra de vendas para 23,5%

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Incentivo à compra de viaturas novas, com abate de carros mais antigos

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A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) reviu em baixa a previsão inicial de uma descida de 15 por cento das vendas de carros novos em 2009, estimando agora uma quebra de 23,5%, afirmou o seu presidente.

À margem da reunião com o grupo de trabalho do sector automóvel, no âmbito da Assembleia da República, José Ramos avançou que a revisão foi decidida após a divulgação dos números das vendas de carros novos em Fevereiro, quando a quebra atingiu 42,6% em Portugal e uma média de 18,3% na Europa, escreve a Lusa.

«Se não forem tomadas medidas adicionais [a situação] vai ser pior», defendeu o responsável perante os deputados do grupo de trabalho.

A evolução do sector vai depender do desenvolvimento da crise internacional, mas também da concretização das medidas constantes do Plano de Apoio ao Sector Automóvel (PASA) e da aceitação pelo Governo de propostas feitas pela ACAP visando o alargamento do regime de incentivo à compra de viaturas novas, com abate de carros mais antigos.

Defende isenção de pagamento do IUC

Actualmente, só os automóveis com mais de 10 anos são abrangidos e a ACAP pretende que o incentivo passe a ser dado ao abate de carros com mais de oito anos.

A associação defende também que o incentivo de mil euros suba para 1.250 euros e o de 1.250 euros passe para 1.500 euros.

Outra alteração proposta pela ACAP é a possibilidade de atribuir incentivos não só à aquisição de viaturas novas mas igualmente a carros com idade até dois anos.

O presidente da associação defendeu também a isenção de pagamento do IUC (Imposto Único de Circulação) nas vendas de automóveis até final de 2009, uma medida que deve alargar-se aos veículos comerciais para incentivar a sua comercialização.

Recorde-se que o plano de apoio ao sector automóvel apresentado em Dezembro, está orçado em pelo menos 900 milhões de euros e contempla quatro eixos estratégicos: o estímulo ao emprego e à sua melhor qualificação, o apoio às insuficiências financeiras, o ajustamento ao perfil industrial e tecnológico do sector e o incentivo selectivo à procura.
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