Rivoli: credibilidade de Rui Rio «caiu por terra»

A «concelhia» do Porto da CDU criticou esta sexta-feira o que classificou como «declarações insultuosas de Rui Rio» sobre a concessão do Teatro Rivoli, afirmando que «caiu por terra» a credibilidade do presidente social-democrata da Câmara do Porto, noticia a Lusa.

«Este episódio deita por terra, mais uma vez, a credibilidade e a imagem pública de rigor que Rui Rio tão minuciosamente procura projectar», salienta, em comunicado, a CDU/Porto.

A coligação reafirma a acusação feita terça-feira pelo vereador da CDU, Rui Sá, de que o aditamento ao contrato de concessão do teatro Rivoli à empresa Todosaopalco de Filipe La Féria «foi deliberadamente escondido do conhecimento público por Rui Rio».

«Foi graças à denúncia da CDU que se soube, pública e escandalosamente, que a empresa Todosaopalco ainda não pagou um cêntimo à Câmara do Porto pelo aluguer do Rivoli», frisa a concelhia.

Para a CDU, «Rui Rio recorreu a expressões que extravasam muito o aceitável no debate de posições entre adversários políticos», ao acusar Rui Sá de «mentiroso».

No final da reunião privada de terça-feira do executivo camarário do Porto, Rui Rio reconheceu que a autarquia ainda não recebeu qualquer verba pelo aluguer do Teatro Rivoli a Filipe La Féria e que esse crédito poderá ser substituído pela compra de equipamento.

«A Câmara do Porto é que vai decidir no fim do contrato se recebe os cinco por cento [de receita líquida de bilheteira] ou se compra o equipamento ao produtor», disse o autarca.

O presidente da câmara acusou o vereador da CDU de ser «mentiroso», por ter dito, momentos antes, que tinha «dúvidas» sobre a possibilidade de a empresa de La Féria vir a pagar o aluguer.

Rui Rio garantiu que está a ser feita «uma contabilização diária» dos cinco por cento de receita a que a Câmara do Porto teria direito ao abrigo do contrato assinado em 15 de Março com a Todosaopalco.

Esse montante ascenderá actualmente a cerca de 60 mil euros, mas ainda não é suficiente para cobrir o custo «muito elevado», segundo Rui Rio, do equipamento comprado por Filipe La Féria aquando da instalação do musical «Jesus Cristo Superstar».