CDS-PP justifica abrandamento da economia com "instabilidade política" - TVI

CDS-PP justifica abrandamento da economia com "instabilidade política"

"Quando se gera uma situação de bloqueio, de incerteza quanto ao futuro, os agentes económicos retraem-se, começam a desconfiar", alega Cecília Meireles

A vice-presidente da bancada do CDS-PP, Cecília Meireles, responsabilizou esta segunda-feira a "instabilidade política" gerada pela "atuação do PS" pela retração dos agentes económicos, nomeadamente no investimento, que revela o Instituto Nacional de Estatística.

"O CDS alertou várias vezes para aquilo que infelizmente está agora a acontecer. A situação de instabilidade política que se gerou e que se gerou sobretudo pela atuação do PS tem consequências"


A economia abrandou no terceiro trimestre face ao segundo, quer em termos homólogos, uma vez que o PIB tinha aumentado 1,6% no segundo trimestre face ao mesmo período de 2014, quer em cadeia, já que a economia tinha aumentado 0,5% no segundo trimestre face ao trimestre anterior.

"Estes dados, a par com os dados da semana passada da confiança das empresas e das famílias, são a confirmação disso mesmo. Quando se gera uma situação de bloqueio, de incerteza quanto ao futuro, de instabilidade, de querer voltar para trás naquilo que foram muitas das medidas dos últimos anos, os agentes económicos retraem-se, começam a desconfiar", argumentou a ‘vice' da bancada centrista.

Questionada sobre os dados que lhe permitem fazer tal afirmação, Cecília Meireles respondeu: "O dado que mais se retrai é o investimento, que é precisamente o dado económico que mais tem a ver com as expectativas do futuro. À medida que as pessoas se foram apercebendo que o futuro era incerto, que podíamos ter uma viragem face aquilo que estava a ser feito em Portugal, os agentes económicos retraíram-se no investimento".

"Os dados mostram isso mesmo, perante o que estava a ser dito e a ser dito na campanha eleitoral, reagiram e reagiram retraindo-se", vincou.

O PS reagiu em sentido oposto, através do porta-voz e vice-presidente da bancada socialista, João Galamba, que considerou que os dados que apontam para uma estagnação da economia portuguesa demonstram que era falsa "a narrativa vendida" antes das eleições legislativas por PSD e CDS sobre "retoma económica".

 
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