Liga Campeões: o fenómeno Haland, e coincidências dos diabos - TVI

Liga Campeões: o fenómeno Haland, e coincidências dos diabos

O balanço do dia 1 da Liga dos Campeões 2019/20

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O primeiro dia Liga dos Campeões em 2019/20 trouxe muitos dados e curiosidades distribuídas pelos oito jogos.

Mas entre todos os números houve um nome que se destacou: Erling Haland.

O avançado norueguês nascido a 21 de julho de 2000 nem precisou de uma parte para, no jogo de estreia na Liga dos Campeões, assinar três golos. E nem foi por falta de aviso: é que só nesta época Haland já tinha apontado três hat-tricks e 14 golos nos anteriores oito jogos oficiais, razão mais do que suficiente para convencer 50 scouts a ir vê-lo em ação num dos jogos menos palpitantes da noite: o Salzburgo-Genk.

O hat-trick apontado no triunfo por 6-2 sobre o Genk permitiu à nova joia da coroa norueguesa subir ao trono e instalar-se no meio de registos até agora inéditos na história da Liga dos Campeões.

Com 19 anos e 58 dias, tornou-se no mais jovem futebolista da história a fazer um hat-trick numa primeira parte de um jogo de estreia da mais importante competição de clubes da Europa; e é o segundo mais novo de sempre a fazer três golos na estreia na Champions, apenas atrás de Wayne Rooney, pelo Manchester United com apenas 18 anos e 340 dias em 2004.

Coincidência das coincidências? O internacional inglês fê-lo num jogo que terminou com o mesmo resultado: 6-2 ao Fenerbahçe.

Continuemos então entre jovens. Ansu Fati tornou-se no mais jovem futebolista da história do Barcelona a jogar na Champions: 16 anos e 321 dias, mais novo do que o anterior recordista blaugrana: um tal de Bojan Krkic. Uma estrela que brilha cada vez mais, mas que nesta terça-feira nem ele nem Messi (entrou na segunda parte e teve os primeiros minutos na época) conseguiram ajudar a equipa de Ernesto Valverde a encontrar o caminho do golo: o Borussia Dortmund-Barcelona (Nélson Semedo vs Raphael Guerreiro) terminou com um empate sem golos.

Ainda assim, a equipa espanhola elevou para 21 o número de anos sem perder no arranque da Liga dos Campeões. Ter Stegen foi ator principal: defendeu um penálti, o quarto em seis que enfrentou na Liga dos Campeões. Nada mau.

Pior – bem pior – esteve o campeão europeu Liverpool, derrotado em Itália pelo Nápoles por 2-0 e (abra a boca de espanto) sem fazer um único remate à baliza durante os 90 minutos: a última vez? Numa outra derrota com o Nápoles (1-0) também no San Paolo na época passada. A história repetir-se-á?

Contamos ficar por cá para sermos testemunha dela, mas uma coisa já é possível afirmar com relativa segurança: que Klopp e Itália não combinam. Desde uma vitória por 2-0 sobre o Bolonha em 2008, então ao serviço do Borussia Dortmund, que o alemão não vence em visitas a terras transalpinas para qualquer competição: são cinco jogos.

Liga dos Campeões: os golos da primeira jornada

Só mais um dado para fechar o dossier Liverpool: desde 1994/95 que o campeão em título (Milan) não perdia no arranque da Liga dos Campeões. Para quem? O Ajax, quer viria a suceder aos italianos nessa temporada. À atenção do Nápoles.

Se a equipa de Carlo Ancelotti (e Mário Rui) terminou a noite com um sorriso rasgado, mais a norte o Inter não teve motivos para isso. O líder do campeonato italiano empatou na receção ao Slavia Praga (1-1) e foi por pouco que não saiu mesmo de mãos a abanar: Nicolò Barella, também ele um estreante na Liga dos Campeões, marcou a fechar: desde Davide Zappacosta (num Chelsea-Qarabag em setembro de 2017) que um italiano não tinha estreia tão abençoada: Antonio Conte é o denominador comum desta história.

Na Holanda, o Ajax venceu o Lille por expressivos 3-0. Após a campanha extraordinária que os levou até às meias-finais na época passada, os holandeses continuam fortes na Europa do futebol. Já o Lille, que teve José Fonte e Renato Sanches de início, elevou para 12 o número de jogos sem alcançar qualquer triunfo nas competições europeias.

No mesmo grupo, o Chelsea caiu em casa aos pés do Valência: o ex-benfiquista Rodrigo Moreno marcou aos 74 minutos, antes de Ross Barkley atirar à barra na marcação de uma grande penalidade.

Terminamos o olhar para o dia 1 da Champions 2019/20 com um olhar sobre o grupo do Benfica. No Lyon-Zenit foi marcado o primeiro golo desta edição da prova: teve a assinatura do iraniano Sardar Azmoun. O Lyon, com o luso-francês Anthony Lopes no onze, alcançou o empate (Depay marcou de penálti) e fez história na alta-roda europeia: tornou-se na primeira equipa a empatar seis jogos consecutivos em casa na Liga dos Campeões.

Do Benfica-Leipzig emergiram duas estreias absolutas nas águias: Tomás Tavares, com entrada direta no onze, e David Tavares, lançado na segunda parte. Os encarnados perderam por 2-1 e Timo Werner, avançado que dispensa apresentações, foi o elemento desequilibrador, ao bisar num espaço de dez minutos.

Liga dos Campeões: os resumos dos jogos da primeira jornada

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