Segundo o ministro chinês do Comércio, citado pela agência «Lusa», o objectivo do governo passa sempre «por manter um equilíbrio comercial». Para Bo Xilai, «nos anos mais recentes, temos adoptado medidas comerciais que têm como objectivo aumentar as importações e reduzir o crescimento das exportações».
«O excedente comercial não nasce de questões comerciais, desenvolveu-se devido à estrutura industrial (chinesa) e à situação geral da economia global», acrescentou o ministro durante uma conferência de imprensa à margem da sessão anual da Assembleia Nacional Popular.
O excedente comercial chinês é uma das causas de tensão política entre a China e os seus maiores parceiros comerciais, em particular os Estados Unidos, que se queixam de que os exportadores chineses beneficiam de uma valorização artificialmente baixa da moeda chinesa, o que lhes confere uma vantagem injusta, ao tornar as exportações chinesas mais baratas e as importações mais caras.
«Não podemos por isso solucionar a questão no curto prazo, ou só porque são tomadas medidas de carácter comercial», explicou Bo Xilai.
O ministro do Comércio afirmou que os grandes beneficiários do excedente comercial chinês são as indústrias e as manufacturas de capital estrangeiro, que Bo Xilai responsabilizou também pelo aumento do crescimento das exportações.
O excedente comercial da China com os Estados Unidos excedeu os 106,42 mil milhões de euros em 2006, o que provocou protestos políticos contra Pequim.
Excedente comercial chinês dispara 74% e causa tensão política
- Redação
- RPV
- 12 mar 2007, 12:46
O excedente comercial chinês aumentou mais 74 por cento em 2006, atingindo um novo máximo histórico de 134,91 mil milhões de euros, anunciou o Governo chinês esta segunda-feira, que garantiu ainda que vai tentar reduzir o valor, embora «o problema não tenha resolução rápida».
Relacionados
Continue a ler esta notícia