Venda da REN é «extremamente bom para Portugal»

Filipe de Botton, co-presidente executivo da Logoplaste, o maior acionista privado nacional da REN, afirmou que a compra de 40 por cento da empresa por parte dos chineses da State Grid e dos árabes da Oman Oil, é, do ponto de vista europeu, «algo de inédito e inesperado».

Em declarações à Lusa, o empresário, que detém 8,4 por cento da REN, disse no final da cerimónia do acordo da operação de compra, que a vinda dos chineses da State Grid, com a aquisição de 25 por cento da empresa portuguesa, «é extremamente bom para Portugal porque, com esta operação, o país fica no mapa da China e do ponto de vista europeu é algo de inédito e inesperado».

Filipe de Botton acrescentou ainda que a entrada dos novos acionistas «vai permitir à empresa desenvolver-se, ganhar ímpeto para se internacionalizar e continuar a investir».

Os chineses da State Grid e os árabes da Oman Oil Company formalizaram hoje, numa cerimónia em Lisboa e com a presença de três ministros, Vítor Gaspar (Finanças), Álvaro Santos Pereira (Economia) e Paulo Portas (Negócios Estrangeiros), a aquisição de 40 por cento da REN - Redes Energéticas Nacionais, com a assinatura dos respetivos contratos de promessa de compra e venda.

Com o primeiro formalismo, o Estado recebe hoje uma primeira tranche de até 160 milhões de euros, de um total de 592,21 milhões de euros, o que representa um prémio de 150 milhões face ao preço do mercado.