Crise: presidência checa discute «próximas etapas»

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia realizam domingo em Bruxelas um almoço de trabalho para examinar «as próximas etapas» da resposta dos 27 à crise financeira e económica.

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Na carta convite enviada aos líderes europeus obtida pela agência Lusa, o presidente em exercício da UE e o primeiro-ministro da República Checa, Mirek Topolanek, sublinhou a necessidade dos 27 reafirmarem «ao mais alto nível» que estão empenhados em «dar resposta aos desafios colocados pela crise» de forma «concertada e coordenada».

O encontro servirá sobretudo para preparar as decisões da Cimeira Europeia da Primavera a 19 e 20 de Março próximo e a reunião do G20 a 02 de Abril em Londres.

Querem melhorar regulação à banca

No que diz respeito ao sector financeiro, a prioridade será «restaurar o fluxo de crédito na economia», o que requer entre outras questões resolver o problema dos «activos bancários em dificuldade» (chamados activos tóxicos) e melhorar «a regulação e supervisão das instituições financeiras».

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Por outro lado e no que diz respeito à economia real, a presidência checa quer «avaliar com mais pormenor a aplicação do plano europeu para a recuperação económica» e «mobilizar recursos» para apoiar a indústria europeia, «sobretudo o sector automóvel».

Mas a presidência checa da UE também pretende que a Cimeira de líderes afaste as tentações proteccionistas de alguns Estados-membros.

Praga quer realçar a importância de se «garantir condições de concorrência leal para todas as empresas» dos 27 e «sublinhar o papel central do Mercado Interno» europeu.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, retido no Congresso do Partido Socialista em Espinho, deverá ser substituído na reunião de líderes da UE pelo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

A Cimeira prevista para se iniciar às 13h00 (12h00 de Lisboa) e terminar pelas 16h00 (15h00) coincide com a recta final do congresso do PS, marcado para 27 e 28 de Fevereiro e 01 de Março em Espinho, onde José Sócrates deverá ser reconduzido como secretário-geral do partido.