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Crise: Sócrates defende aumento do papel dos 27

José Sócrates

«Acho que a Europa tem a obrigação de fazer mais», diz primeiro-ministro

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O primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira, em Bruxelas, o aumento do papel da União Europeia na resposta à crise financeira e económica actual em vez de respostas individuais dos Estados-membros.

«Acho que a Europa tem a obrigação de fazer mais», disse José Sócrates à entrada da Cimeira da Primavera dos 27 onde os líderes europeus deverão defender a necessidade de acelerar a reforma do sistema financeiro internacional responsável pela actual crise económica.

«Resposta europeia à crise»

Para o chefe do governo de Lisboa «é preciso uma resposta europeia à crise e não individual».

A reunião dos chefes de Estado e de Governo europeus irá preparar a posição europeia à reunião do G20 de Londres, daqui a duas semanas.

PM defende criação de um novo «mecanismo multilateral»

José Sócrates recordou a carta que enviou a alguns líderes europeus na terça-feira em que defende a criação um novo «mecanismo multilateral» que envolva mais organizações regionais e países, do que os representados no G20, na discussão das grandes questões mundiais.

O governante português concorda que o G20 permanece «o fórum privilegiado no qual a UE deverá continuar a apresentar as suas propostas e a defender as melhores soluções» para as principais questões com que se confronta.

Mas defende que «é igualmente essencial» alargar «a base do consenso internacional» relativo às medidas políticas a tomar para resolver a crise económica e financeira e reformar o sistema financeiro internacional.

Por outro lado, os chefes de Estado e de Governo dos 27 deverão chegar a acordo sobre a necessidade de conceder mais fundos em ajuda de emergência aos países da Europa Oriental membros da UE. Muitos deles precisam de dinheiro para resolver a crise, como a Hungria, a Letónia e, mais recentemente, a Roménia.

Os líderes devem também aceitar o princípio de conceder uma ajuda ao Fundo Monetário Internacional para que a instituição possa satisfazer o aumento da procura de crédito em todo o mundo.

100 milhões para Portugal

Os líderes vão finalmente tentar alcançar um compromisso sobre uma proposta de investimentos em infra-estruturas (energia e internet) de cinco mil milhões de euros.

Segundo fonte diplomática, as contas da presidência checa prevêem um montante de cerca de 100 milhões de euros para Portugal: 50 milhões para a Internet de banda larga, 40 milhões para o reforço das ligações eléctricas entre Portugal e Espanha e 10 milhões em infraestruturas e equipamento que possibilita a inversão do fluxo de gás em caso de ruptura da distribuição.
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