33º Fantasporto nasce a pedir criação de circuito alternativo - TVI

33º Fantasporto nasce a pedir criação de circuito alternativo

Fantasporto 2013

Festival de cinema decorre entre 25 de fevereiro e 10 de março, no Porto

A inexistência de um circuito de cinema paralelo em Portugal, que possa levar filmes alternativos ao grande ecrã, foi tema forte na conferência de imprensa de apresentação da 33ª edição do Fantasporto, que vai decorrer entre 25 de fevereiro e 10 de março, no Teatro Municipal Rivoli, no Porto.

Através da divulgação de um texto, o fundador do festival, Mário Dorminsky fez a defesa da necessidade do referido circuito para proporcionar «o visionamento de obras europeias, asiáticas que são, muitas vezes, e nos seus países de origem, grandes sucessos de bilheteira», nem que para tal se estabeleçam quotas nacionais e europeias de exibição.

Essa inexistência, defende Dorminsky, está a «matar» a ação cultural na área de cinema, até pela diferença de critérios de financiamento por parte do Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA) em relação a festivais e à criação de filmes.

O festival, que arranca com os dias Pré-Fantas, entre 25 e 28 de fevereiro tem, como tem sido habitual em anteriores edições, um ciclo de eventos paralelos dedicados desta vez ao tema da literatura e cinema. A sessão de abertura dá-se a 1 de março, com a projeção do filme «Mamã», co-produção hispano-canadiana, realizada por Andrés Muschetti e produzida por Guillermo del Toro, que está a ser grande sucesso de bilheteira nos Estados Unidos. Segue-se, ainda nessa noite, a homenagem a Michael Powell, com a projeção de «Os Sapatos Vermelhos», filme mítico de 1948, que realizou em parceria com Emerich Pressburger e que, por sinal, dá o mote visual para o cartaz do evento.

O realizador português António de Macedo, pioneiro do cinema fantástico no nosso país, é outro homenageado da 33ª edição do festival, que vai entregar-lhe um prémio carreira. Os sinais da crise ficam patentes, segundo os organizadores, no facto de este ser um festival organizado com «um orçamento inferior ao de há cinco anos», devido à «retração das empresas privadas em relação à cultura». Segundo os números dos organizadores, o apoio dos privados caiu 70 por cento em 2013, fazendo com que o financiamento seja agora a assegurado a 60 por cento pelo Estado, quando em anos anteriores essa percentagem era de apenas 20 por cento. «Se há ano em que a verba de receita da bilheteira é importante é este», concluíra os organizadores, frisando a ideia de que o festival vai precisar de «um bocadinho mais» do que os cerca de 50 mil bilhetes vendidos na anterior edição.

Veja o spot de apresentação da 33ª edição:

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE