Cooperativa Cinema Novo só admite gerir o Rivoli em parceria - TVI

Cooperativa Cinema Novo só admite gerir o Rivoli em parceria

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Futuro da sala de espectáculos continua incerto

A presidente da Cinema Novo, Beatriz Pacheco Pereira, reconheceu que aquela cooperativa cultural não tem estrutura para aguentar sozinha uma eventual gestão do Teatro Municipal Rivoli, no Porto, mas admitiu envolver-se em parcerias para o efeito.

«Sozinhos, dificilmente assumiríamos a gestão do teatro», disse Beatriz Pacheco Pereira esta quinta-feira à agência Lusa deixando em aberto a possibilidade de uma parceria para o efeito com outras organizações do Porto «ou com a própria Câmara Municipal».

A presidente da cooperativa manteve, contudo, as declarações à Lusa a 10 de Dezembro, segundo as quais «nada foi acordado, nem falado» sobre o assunto acrescentando que se a intenção da Câmara é, «como parece», voltar a entregar a gestão do teatro municipal, deve evitar «erros anteriores» e optar por um concurso público.

«O que dizemos é que queremos o Rivoli a funcionar porque tem de haver na cidade uma sala com capacidade intermédia entre a do Coliseu [três mil lugares] e as salas de pequena dimensão», sublinhou ainda, especificando que o teatro municipal tem capacidade para 700 espectadores.

Beatriz Pacheco Pereira falava à Lusa antes da apresentação de um programa de duas semanas que a Cinema Novo vai promover em Fevereiro no Rivoli com concertos e espectáculos de humor. «Noites do Rivoli», como foi designado este programa, decorrerá entre 3 e 19 de Fevereiro, antecedendo o Fantasporto, que decorrerá no mesmo espaço também sob organização da Cinema Novo.

Concertos de Mafalda Veiga (8 Fevereiro) e de José Mário Branco (18 Fevereiro), na área da música, e um espectáculo com Herman José (7 Fevereiro) e Francisco Menezes (3 Fevereiro), na área do humor, são algumas das propostas destacadas por Beatriz Pacheco Pereira.

O preço dos bilhetes para os espectáculos do programa «Noites do Rivoli» irá variar entre os 12 e os 25 euros.

No final de Novembro, o assessor jurídico de Filipe La Féria revelou que o encenador estava a «sair» do teatro Rivoli, onde a sua companhia Todos ao Palco estava desde 2006 ao abrigo de contratos de acolhimento.

O teatro esteve desde Outubro e até dia 12 de Dezembro a ser gerido no âmbito de um contrato «tripartido» entre o Rivoli, a Todos ao Palco e a produtora UAU. Filipe La Fériar cedeu a posição contratual à produtora UAU, mas esta empresa assegura não ter «nenhum interesse» na gestão futura do Rivoli.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, garantiu dia 14 que quem ficar responsável pelo Rivoli terá que comparticipar «fortemente» os seus custos rejeitando pagar para ter as salas vazias, mas sem explicar ainda qual o modelo de gestão a adoptar.
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