O Fundo de Investimento do Cinema e Audiovisual (FICA) vai ser gerido por uma nova entidade financeira, depois da anterior gestora ter sido afastada pelos investidores do FICA, disse à Lusa fonte do Ministério da Cultura (MC).
Em causa está uma situação de paralisia no funcionamento do Fundo, já denunciada por realizadores e produtores, e a incapacidade de gestão da anterior entidade responsável, reconhecida pela própria tutela.
O FICA é um fundo de investimento criado em 2007 pelo MC com o apoio de entidades privadas, com o objetivo de incentivar a produção de cinema e televisão em Portugal.
A ESAF - Espírito Santo Fundo de Investimento Mobiliários tinha sido escolhido na altura para gerir um fundo de 83 milhões de euros, a repartir por cinco anos, e para o qual deviam contribuir a Zon, a RTP, a SIC e a TVI, que integram a Assembleia de Participantes do fundo.
Fonte da tutela explicou à Lusa que o afastamento da ESAF - Espírito Santo Fundo de Investimento Mobiliários foi decidido a 23 de fevereiro pela Assembleia de Participantes do FICA.
A escolha de uma nova entidade financeira está a ser conduzida pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), que assume a presidência da mesa da assembleia do FICA, referiu a mesma fonte ministerial.
A situação de paralisia do Fundo desencadeou uma reação de protestos dos agentes do setor, que há muito defendem mudanças na forma como o cinema português é financiado.
Na quinta-feira foi divulgada uma petição pública encabeçada por cerca de vinte realizadores e produtores de cinema a apelarem a uma intervenção de emergência de Gabriela Canavilhas.
FICA: apoios ao cinema à procura de nova financeira
- Redação
- 13 mar 2010, 17:17
O afastamento da ESAF - Espírito Santo Fundo de Investimento Mobiliários foi decidido a 23 de fevereiro pela Assembleia de Participantes do FICA
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