Fantasporto 2011 apresentou-se com polémica orçamental pelo meio - TVI

Fantasporto 2011 apresentou-se com polémica orçamental pelo meio

Fantasporto 2011

Organização queixou-se de corte em verba atribuída pela Assembleia da República

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A directora do Fantasporto, Beatriz Pacheco Pereira, criticou o Turismo de Portugal por se negar a atribuir o apoio de 100 mil euros ao festival de cinema aprovado em Março de 2010 pela Assembleia da República.

«Do Turismo de Portugal, recebemos a informação de que vamos receber 55 mil euros, mais cinco mil do que em 2010, e que não vamos receber mais nada», afirmou Beatriz Pacheco Pereira, citada pela agência Lusa, na conferência de imprensa de apresentação do 31.º Fantasporto, que aconteceu esta quinta-feira.

Os partidos da oposição aprovaram a 11 de Março de 2010, em plenário da Assembleia da República, uma proposta do PCP para reforçar o subsídio ao festival de cinema Fantasporto em 100 mil euros, medida que contou com os votos contra do PS.

O diploma da bancada comunista estipula o aumento para 155 mil euros da verba prevista para este evento no orçamento do Turismo de Portugal, entidade dependente do Ministério da Economia.

A proposta original do Governo previa um apoio de 55 mil euros a atribuir ao Fantasporto, uma verba que os comunistas consideravam insuficiente face à projecção internacional do festival.

Nesta conferência de imprensa, a directora do Fantasporto afirmou que o Turismo de Portugal terá «substituído os 100 mil euros por cinco mil», justificando que o que consta no diploma publicado no Diário da República é 100 mil euros como «verba máxima» e não valor exacto.

«Achei isto extremamente grave, até para a respeitabilidade da Assembleia da República», salientou Beatriz Pacheco Pereira, referindo que já deu conhecimento da resposta do Turismo de Portugal aos deputados do PCP autores da proposta.

Cinema português em destaque

Na apresentação em concreto do festival, que vai decorrer de 21 de Fevereiro a 6 de Março, Beatriz Pacheco Pereira, anunciou que dois jornalistas estrangeiros - o editor da «International Film Guide», Ian Haydn Smith, e um representante da «Variety», Martin Dale - vão participar a 2 de Março, no Porto, numa conferência sobre «como o cinema português se pode tornar mais competitivo».

«Vão debater como é visto o cinema português no estrangeiro, que condições existem e como pode melhorar a sua imagem», disse a directora assumindo-se «pessoalmente numa luta em defesa do que é português» e lembrando que uma das novidades da edição deste ano do Fantasporto é um Prémio para o Melhor Filme Português.

Beatriz Pacheco Pereira referiu que o Fantas2011 vai ter «mais de 300 filmes de 25 países», dos quais «cerca de 70 nas secções oficiais» e que «oitenta por cento dos filmes em competição vão ter cá o realizador e a actriz principal ou o actor principal».

A directora do festival destacou que este ano «nem um sexto dos filmes são de terror» (género que marcou as primeiras edições do Fantas) fazendo a previsão de que «a grande guerra este ano vai ser nos prémios dos actores», devido à elevada qualidade das interpretações em muitos dos filmes seleccionados.
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