Sean Penn e a morte de Chávez: «Perdi um amigo» - TVI

Sean Penn e a morte de Chávez: «Perdi um amigo»

Hugo Chávez e o amigo Sean Penn, em 2012 (Reuters)

Oliver Stone e Michael Moore também lamentam o falecimento do presidente venezuelano

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«Perdi um amigo com que fui abençoado e os pobres em todo o mundo perderam um campeão» - foi assim que Sean Penn comentou a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, noticia a BBC News.

O ator norte-americano já tinha estado presente numa vigília na Bolívia, em dezembro, aquando de uma cirurgia de emergência para o tratamento do cancro que Chávez padecia. «Ele é uma das forças mais importantes que já tivemos neste planeta», disse Penn na altura.

A amizade entre o ator e o presidente da Venezuela remontava a 2007, quando os dois se conheceram. Desde então, Sean Penn tem defendido publicamente Chávez e as suas políticas.

Em 2010, Penn chegou mesmo a dizer que quem acusava Hugo Chávez de ser ditador deveria ser preso. «Todos os dias este líder eleito é chamado de ditador nos EUA e nós simplesmente aceitamos isso. E isso acontece nos media mainstream. Devia haver uma lei que mandasse para a prisão quem dissesse este tipo de mentiras», afirmou o ator durante um «talk show» televisivo.

Oliver Stone, autor do documentário «South of the Border», que celebra os 14 anos de presidência chavista, usou o Twitter para também ele lamentar o desaparecimento de Hugo Chávez.

«Lamento a morte de um grande herói para a maioria do seu povo e para aqueles que lutam por um lugar neste mundo. Odiado pelas classes entrincheiradas, Hugo Chávez será para sempre recordado na História», escreveu o realizador.

«Meu amigo, descansa finalmente numa paz há muito merecida», completou Stone, que em 2009 esteve acompanhado por Chávez no festival de cinema de Veneza.

Outro realizador norte-americano, Michael Moore, lembrou os feitos do presidente venezuelano, destacando as afrontas ao governo norte-americano de George W. Bush.

«Nos próximos dias, não vamos ouvir nada de agradável sobre [Chávez] nos media norte-americanos. Por isso, pensei em dizer algumas coisas para dar algum equilíbrio. (...) O Hugo Chávez declarou que o petróleo pertencia ao povo e usou o dinheiro do petróleo para eliminar 75 por cento da pobreza [na Venezuela] e oferecer cuidados de saúde e educação gratuitos para todos», escreveu Moore no Twitter.

«Isso tornou-o perigoso e os EUA aprovaram uma tentativa de golpe de estado, embora ele fosse um presidente democraticamente eleito», recordou o cineasta que também conheceu Chávez no festival de Veneza, em 2009.

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