Jovem realizadora de Évora estreia curta-metragem em Cannes - TVI

Jovem realizadora de Évora estreia curta-metragem em Cannes

«O Cheiro das Velas»

«O Cheiro das Velas», de Adriana Martins da Silva e com Oceana Basílio e Joana Brandão, será exibido no festival francês

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A curta-metragem «O Cheiro das Velas», de uma jovem realizadora de Évora, protagonizada pelas atrizes Oceana Basílio e Joana Brandão, é exibida, em estreia, no Festival de Cannes, em França, escreve a agência Lusa.

A película, rodada no ano passado, em Lisboa, faz parte do projeto final de curso de Adriana Martins da Silva e está em exibição no Short Film Corner, secção paralela à competição do Festival de Cannes, que decorre até ao dia 26 deste mês.

Em declarações à agência Lusa, a jovem realizadora mostrou-se satisfeita com a sua participação no Festival de Cannes e considerou ser «um privilégio» ter o seu segundo filme «no mais conceituado festival de cinema do mundo».

Adriana Martins da Silva desvendou que «o filme explora a relação entre duas meias irmãs, filhas da mesma mãe e de pais diferentes, que se afastaram na adolescência e que se reencontram para o aniversário da mãe».

«A mãe atrasa-se e as duas ficam sozinhas à espera, não há como fugir e têm que se enfrentar», conta, referindo que se assiste, «desde o silêncio à raiva e à descoberta, novamente, da cumplicidade que as duas tinham na infância».

As atrizes Oceana Basílio e Joana Brandão desempenham o papel das duas irmãs, personagens que, na infância, são interpretadas por duas crianças naturais de Évora, Graça e Maria Noites.



A realizadora realçou que a curta-metragem «não teve praticamente apoios» e que só foi possível produzi-la através da «contribuição independente» e da «boa vontade» das atrizes, que atuaram «sem remuneração».

Adriana Martins da Silva, de 30 anos, trabalha no serviço de radioterapia do Hospital do Espírito Santo de Évora e o cinema «é um sonho de criança» que «foi posto de lado, por achar que era um pouco impossível».

Contou, no entanto, que, nos últimos anos, se apercebeu de que «era possível» trabalhar na sétima arte, decidindo fazer um curso de cinema em Londres, durante um mês, e entrar na Restart, Instituto de Artes e Novas Tecnologias, de Lisboa.

A cineasta revelou que já está a trabalhar no terceiro filme, «A Língua», que vai ser rodado em setembro, «quase exclusivamente em Évora», estando a fase de «casting» prevista ainda para este mês e para junho.
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