Três curtas portuguesas estreiam agora nos cinemas - TVI

Três curtas portuguesas estreiam agora nos cinemas

«Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido»

«Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido», «As Ondas», e «Solo» chegam ao circuito comercial depois de passarem por vários festivais

As curtas-metragens «Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido», de Sandro Aguilar, «As Ondas», de Miguel Fonseca, e «Solo», de Mariana Gaivão, todas produzidas por O Som e a Fúria, estreiam-se quinta-feira nos cinemas portugueses, escreve a agência Lusa.

Os três filmes, que têm integrado o circuito internacional de festivais, têm agora uma estreia em sala, uma iniciativa rara no que toca a curtas-metragens nacionais, que muitas vezes não chegam ao circuito comercial.

«Solo», protagonizado pela atriz Isabel Abreu, no papel de uma bombeira, é o primeiro filme de Mariana Gaivão, que tem trabalhado em cinema, sobretudo em montagem, ao lado de realizadores como Marco Martins, João Pedro Rodrigues e João Salaviza.

Em «Solo», Mariana Gaivão regista, sem palavras, um acidente protagonizado por uma bombeira durante o combate a um incêndio florestal.

Em 2012, o filme foi eleito a melhor curta-metragem internacional no Festival du Nouveau Cinéma, no Canadá.

Se em «Solo» se sente a imponência da floresta, em «Ondas», escrito e realizado por Miguel Fonseca, é o mar que ganha força.

Terceira curta-metragem de Miguel Fonseca, 40 anos, o filme foca-se em duas gémeas - papéis assumidos por Andreia e Alice Contreiras - e na ida rotineira à praia, ficando uma em terra, por problemas de saúde, e a outra no mar, a surfar.

«Ondas», que sucede a «Alpha» (2008) e «I Know You Can Hear Me» (2010), já foi exibido em cerca de vinte festivais, tendo recebido em Bucareste, em 2012, o prémio de melhor fotografia.

O realizador Sandro Aguilar, que produziu «Ondas» e «Solo», apresenta nesta estreia conjunta a curta-metragem «Sinais de Serenidade Por Coisas Sem Sentido», protagonizada por Isabel Abreu, Cristóvão Campos e Albano Jerónimo.



«A maior parte dos meus filmes tem a ver com habitar essa fronteira entre vida e morte. Tem a ver com mudar as regras do jogo, e anda muito à volta desta tensão operativa entre estar vivo e morto. Parece-me mais sugestivo trabalhar sobre esse momento de transição», justifica o realizador, no dossier de imprensa.

Sandro Aguilar, 39 anos, premiado realizador e produtor - fundou a produtora O Som e a Fúria - tem feito cinema sobretudo no pequeno formato, tendo já assinado uma dezena de curtas-metragens, entre as quais «Estou Perto» (1998), «Arquivo» (2007), «Mercúrio» (2010) e «Dive: Approacch and Exit», que esteve em competição no IndieLisboa. É ainda autor da longa-metragem «A Zona» (2008).
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