Filme de Margarida Cardoso em competição no Festival Luso-Brasileiro - TVI

Filme de Margarida Cardoso em competição no Festival Luso-Brasileiro

O filme «Yvone Kane» vai ser exibido no Festival de Cinema Luso-Brasileiro (Facebook)

«Yvone Kane», protagonizado por Beatriz Batarda, vai ser exibido na próxima segunda-feira

O filme «Yvone Kane», de Margarida Cardoso, que teve estreia mundial em Lisboa, em junho deste ano, vai ser exibido em competição na segunda-feira, na 18.ª edição do Festival de Cinema Luso-Brasileiro, em Santa Maria da Feira.

De acordo com a produtora Filmes do Tejo II, o filme, resultado de uma coprodução luso-brasileira, concorre a Melhor Longa-metragem juntamente com outras nove produções, e será exibido numa sessão às 21:00, com a presença da realizadora.

«Yvone Kane» teve estreia internacional em outubro, no Brasil, no Festival do Rio de Janeiro, e participou ainda, em novembro, na secção competitiva do Black Nights Film Festival, certame internacional que se realizou na Estónia.

A longa-metragem é uma ficção sobre uma ex-guerrilheira e ativista política morta em circunstâncias estranhas e sobre a sua filha, que vai em busca desse passado.

Rodado em Portugal e em Moçambique, o filme é protagonizado por Beatriz Batarda (Rita) - que volta a colaborar com a realizadora Margarida Cardoso depois de «A Costa dos Murmúrios» -, Irene Ravache (Sara), e Gonçalo Waddington, no papel de marido de Rita (João).

«Yvone Kane», produzido por Filmes do Tejo II, tem distribuição Midas Filmes e estreia, nas salas de cinema do circuito comercial, agendada para fevereiro de 2015.

Em declarações à agência Lusa, em junho, antes da estreia mundial da obra, Margarida Cardoso indicou que o filme mostra as personagens como fantasmas que estão sempre em busca de algo, uma pertença, e vão encontrando ruínas do passado.

"Foi rodado em Portugal, e quase todo em Moçambique. Mas, na realidade, o país onde se passa não tem nome, é imaginário. Consegue-se perceber e identificar que teve uma história recente semelhante: uma guerra de libertação, uma independência, uma revolução socialista e agora uma atitude mais liberal economicamente", disse a realizadora, na altura.


O projeto surgiu em 2009 e foi subsidiado nesse ano pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), tendo conseguido depois uma coprodução com o Brasil.

Além de Beatriz Batarda, Irene Ravache e Gonçalo Waddington, o filme conta ainda com os atores Mina Andala, Samuel Malumbe, Herman Jeusse, Iva Mugalela, Maria Helena, Mário Mabjaia, Francilia Jonaze, Adriano Luz, Anne Kristine, Rosa Vasco e João Manja.

Com escrita e realização de Margarida Cardoso, que já abordara a Guerra Colonial em produções como o documentário «Natal 71» e «A Costa dos Murmúrios» - a longa-metragem tem direção de fotografia de João Ribeiro, montagem de João Braz e direção de produção de João Ribeiro.
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