Indonésio faz-se passar por executivas de Hollywood e engana centenas de atores - TVI

Indonésio faz-se passar por executivas de Hollywood e engana centenas de atores

Oscar

O homem que se vestia de mulher e ficou conhecido como “Rainha Con de Hollywood” foi detido no Reino Unido

Um indonésio de 41 anos foi detido no Reino Unido, depois de se ter travestido e se ter feito passar por várias empresárias de Hollywood e enganado centenas de atores. Entre as empresárias pelas quais se fez passar, está Endi Deng, ex-mulher de Rupert Murdoch.

As vítimas eram sobretudo atores em início de carreira, que sonhavam com os milhares ganhos pelas estrelas de Hollywood e com as carreiras de capaz de revista dessas estrelas consagradas.

A detenção, de acordo com o FBI, aconteceu após um pedido de extradição das autoridades norte-americanas. A fuga às autoridades durou anos e foi tão cinematográfica que chegou a ser pensado um livro sobre a sua vida.

O homem foi agora detido esta quinta-feira e, de acordo com o jornal The Telegraph, identificado como Hargobind Tahilramani, um indonésio de 41 anos.

Hargobind Tahilramani ficou conhecido como “Rainha Con de Hollywood”  e personificou grandes agentes da indústria cinematográfica, além de Wendy Deng. Entre elas a patroa da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, a ex-chefe de cinema da Sony, Amy Pascal, e a ex-chefe da Paramount, Sherry Lansing.

Vestido e maquilhado de forma absolutamente impressionante, parecendo-se muito realisticamente com as empresárias em causa, abordava as vítimas com ofertas profissionais muito lucrativas. Os aspirantes a atores eram instruídos a viajar para a Indonésia, para fazerem formação e trabalho de pesquisa.

Uma vez na Indonésia, as vítimas eram assaltadas pelo alegado burlão e pelos seus cúmplices e enganadas com projetos cinematográficos fictícios. As despesas que faziam nunca eram reembolsadas. Se as vítimas demonstrassem algum tipo de dúvida ou ameaçavam com qualquer tipo de queixa, eram ameaçadas de serem “desmembradas”, de acordo com a acusação.

O alegado burlão era tão realista que, para além de se vestir e maquilhar, para se parecer com altas figuras da indústria cinematográfica, “fingia sotaques e alterava a voz para se parecer com uma mulher”.

O esquema durava desde 2013. Mesmo depois de a pandemia de covid-19 se ter espalhado pelo mundo, as burlas continuaram até agosto deste ano, apesar das restrições às viagens por causa precisamente da pandemia.

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