"Nomadland" - Sobreviver na América", a prova de que o orçamento não é tudo nos Óscares - TVI

"Nomadland" - Sobreviver na América", a prova de que o orçamento não é tudo nos Óscares

Frances McDormand em "Nomadland"

Tinha um orçamento bem abaixo de muitos dos outros concorrentes, que investiram largos milhões para acabarem com uma grande derrota

Foi sem surpresa que o filme de Chloé Zhao venceu a principal categoria. Um filme que conta a história de um problema real na América.

"Nomadland - Sobreviver na América", protagonizado por Frances McDdormand, conta a história de uma mulher que viaja pela América como nómada, vivendo numa caravana, trabalhando em empregos temporários e sobrevivendo na estrada, na sequência de uma crise económica.

Embora o filme seja uma ficção, assenta em testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómada mais envelhecida e nas margens da sociedade.

Chloé Zhao, sino-americana, foi a primeira mulher asiática nomeada para os Óscares e a segunda mulher a conquistá-lo, depois de Kathryn Bigelow, em 2020, por "Estado de Guerra".

Depois de ter recebido o Leão de Ouro em Veneza, "Nomadland - Sobreviver na América" estreou-se em Portugal na semana passada, mesmo a tempo de apanhar a reabertura dos cinemas, medida que fez parte de novo passo no desconfinamento do país.

Para a história ficam os vários feitos de Chloé Zhao, sem dúvida a grande vencedora da noite, que conseguiu criar uma história com um orçamento consideravelmente menor que muitos dos seus concorrentes.

"Mank" custou 20 milhões de euros, "Judas e o Messias Negro" 21 milhões, e "Os Sete de Chicago" chegou mesmo aos 29 milhões de euros, enquanto que "Nomadland - Sobreviver na América" não passou dos quatro milhões.

A ideia partiu de Frances McDormand, que tinha encontrado um livro em escrita jornalística que abordava uma história real da América profunda. A atriz propôs a Chloé Zhao que realizasse o filme, algo que foi acedido.

Com poucos recursos, muitos dos atores sem o serem (a maioria das personagens são pessoas sem qualquer treino de interpretação, que vivem e contam a sua verdadeira história no ecrã), foi possível montar aquela que a Academia entendeu ser a obra prima do ano.

Também para competição estavam os filmes "Judas e o Messias Negro", "Mank", "Minari", "Uma Miúda com Potencial", "O Som do Metal" e "Os Sete de Chicago"

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