Donald Trump criticou, esta quinta-feira, a atribuição do Óscar de melhor filme ao sul-coreano “Parasitas”, questionando a entrega do prémio a uma produção estrangeira.
Quão maus foram os prémios da Academia este ano?”, perguntou o presidente dos Estados Unidos à multidão durante um comício de campanha no Colorado.
O prémio foi entregue a um filme da Coreia do Sul, porque raio é que isso aconteceu?”, perguntou Trump, sublinhando: “já temos problemas suficientes com a Coreia do Sul, com o comércio, e, no meio disto tudo, entregam-lhes o prémio de melhor filme do ano”.
“Parasitas”, realizado por Bong Joon-ho, foi o primeiro filme de língua estrangeira a vencer na categoria de Melhor Filme, o primeiro filme a ganhar nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro simultaneamente e o primeiro filme da Coreia do Sul a vencer nos Óscares.
A Neon, distribuidora americana de "Parasitas", respondeu ao presidente no Twitter, afirmando que as críticas ao filme são "compreensíveis".
Ele não consegue ler", afirmou a empresa.
Understandable, he can't read.#Parasite #BestPicture #Bong2020 https://t.co/lNqGJkUrDP
— NEON (@neonrated) February 21, 2020
No discurso, Trump disse que está na hora de recuperar os clássicos da época de ouro de Hollywood.
Vamos com 'E Tudo o Vento Levou'. Podemos ter 'E Tudo o Vento Levou?' de volta, por favor?”, questionou o presidente, num apelo ao regresso do estilo de filmes realizados há mais de 70 anos atrás.
O presidente dos Estados Unidos lançou ainda críticas ao discurso de Brad Pitt, durante a entrega do Óscar de melhor ator secundário, afirmando que nunca foi “fã” de Pitt.
Disseram-me que só tinha 45 segundos aqui, o que já é mais do que o Senado deu ao John Bolton esta semana”, disse Brad Pitt, na cerimónia de entrega dos Óscares, em alusão ao processo de impeachment de Donald Trump.
“Nunca fui fã dele. Ele levantou-se e deu um pequeno discurso de espertalhão. É um espertalhão”, afirmou Trump.