O ator norte-americano Willem Dafoe mostrou no sábado o seu apoio aos mexicanos face às políticas do Presidente Donald Trump, justificando que a sua forma de pensar está “fora dos Estados Unidos”.
Sim, sou norte-americano e tenho passaporte norte-americano, mas também sou italiano e estou convosco, a minha mente está fora dos Estados Unidos apesar de viver lá”, disse o ator numa conferência de imprensa durante o Festival Internacional de Cinema de Guadalajara (FICG), que se realiza naquela cidade do oeste do México até sexta-feira.
Em novembro passado, o ator concluiu a rodagem de "Opus Zero", uma produção mexicana que teve como cenário o estado mexicano de San Luis Potosí.
Dafoe disse que aceitou participar no filme por este ser rodado no México e não em França, conforme originalmente planeado. "Não digo que o México seja melhor do que a França, mas o facto de ser rodado no México levou-me a dizer que sim", disse Dafoe.
O ator de filmes como "A Última Tentação de Cristo" (1988) e a saga do "Homem Aranha" disse que trabalhar recentemente em filmes latino-americanos fez mudar a sua forma de ver a cultura destes países e enriqueceu-o como ator. "Passei mais tempo na América Latina (...) e a minha forma de pensar mudou", disse.
O ator é convidado do FICG, tendo participado no sábado na homenagem póstuma ao cineasta argentino-brasileiro Héctor Babenco, que morreu em 2016, a qual incluiu exibição do filme "Meu Amigo Hindu" (2015), em que o norte-americano é protagonista. O filme foi rodado no Brasil e aborda a vida de Héctor Babenco, realizador de "O Beijo da Mulher Aranha".