Pior filme de sempre exibido em Lisboa 60 anos depois da estreia - TVI

Pior filme de sempre exibido em Lisboa 60 anos depois da estreia

  • JFP
  • 9 set 2019, 18:31
Cinema

O filme "Plan 9 From Outer Space", de Ed Wood, considerado o "pior de sempre" pela crítica, vai ser exibido no Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa - MOTELX

O filme "Plan 9 From Outer Space", de Ed Wood, considerado o "pior de sempre" pela crítica, vai ser exibido no Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa - MOTELX, que abre na terça-feira, anunciou hoje a organização.

Com direção do "infame realizador cuja vida foi alvo do 'biopic' de Tim Burton", em 1994, como a organização do MOTELX apresenta Ed Wood, "Plan 9 From Outer Space" é uma produção de baixo orçamento, estreada em julho de 1959, pioneira na combinação de extraterrestres e zombies, que se transformou num filme de culto, pela sua falta de qualidade.

Em 2019 passam 60 anos sobre a sua estreia, e por isso o MOTELX preparou uma exibição desta obra, considerada pela crítica e pelo público como o pior ou um dos piores filmes de sempre", lê-se no comunicado.

Editado em Portugal com o título "A Morte Veio do Espaço", o filme fala de extraterrestres que querem evitar a destruição do sistema solar e, por isso, eliminam humanos, dando vida aos mortos.

O filme será exibido no próximo sábado, às 21:00, no Cinema São Jorge, com comentários do crítico Rui Alves de Sousa e dos escritores e argumentistas Rui Zink, Susana Romana e Tiago R. Santos, para falarem sobre "esta história fantasticamente medíocre e marcante da História do Cinema".

A 13.ª edição do MOTELX, que encerra no domingo, procura "assustar os espectadores perante as alterações climáticas", tendo em conta "o cinema de terror, como espelho das angústias humanas".

O MOTELX deste ano acontece sob o signo desse fim do mundo iminente e reflete sobre os motivos da incapacidade humana em fazer face ao problema", lê-se na nota de intenções do festival, que decorrerá até domingo.

Da programação fará parte "Bacurau", produção brasileira de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, premiada no festival de Cannes, exibida em julho no Curtas Vila do Conde, e a "A Sombra do Pai", de Gabriela Amaral Almeida, "a única autora do novo terror brasileiro".

O MOTELX abrirá com a estreia de "Ma", de Tate Taylor, e encerrará com "Come to Daddy", de Ant Timpson.

Em Lisboa estará Jack Taylor, "'ator-fetiche' do cinema 'exploitation' espanhol dos anos 1960 e 1970", que trabalhou com Ridley Scott, Milos Forman e Roman Polanski.

A secção "Quarto Perdido" dedicará atenções ao cinema português com dois filmes 'slasher', um dos sub-géneros do cinema de terror: "O Construtor de Anjos" (1978), ficção do artista plástico Luís Noronha da Costa, e "Rasganço" (2001), de Raquel Freire.

Ainda na produção portuguesa, será estreada a longa-metragem "Faz-me Companhia", de Gonçalo Almeida, autor da 'curta' "Thursday Night", premiada em 2017 no festival e exibida no ano seguinte em Sundance (EUA).

Este filme estará em competição pelo Prémio MOTELX – Melhor Longa de Terror Europeia ao lado de "All the Gods in the Sky", de Quarxx, "Extra Ordinary", de Mike Ahern e Enda Loughman, "Finale", de Soren Juul Petersen, "Get In", de Olivier Abbou, "A Good Woman is Hard to Find", de Abner Pastoll, "The Hole in the Ground", de Lee Cronin, e "Why Don’t You Just Die!", de Kirill Sokolov.

A competição de curtas-metragens tem 10 filmes, e o vencedor ficará nomeado para o prémio europeu Méliès d’Or.

Haverá ainda uma sessão de 'curtas' portuguesas programada e apresentada pelo realizador João Pedro Rodrigues.

O programa deste ano inclui a presença do realizador norte-americano Ari Aster, que apresentará "Midsommar - O Ritual" em antestreia, e a celebração dos 40 anos de "Alien - O Oitavo Passageiro", de Ridley Scott, com a sua exibição.

Aproveitando o facto de ser a 13.ª edição e de coincidir, pela primeira vez, com uma sexta-feira 13, o festival fará uma sessão especial de "Sexta-feira 13", de Sean S. Cunningham.

Será ainda estreado "The Golden Glove", do realizador alemão Fatih Akin, exibido no festival de Berlim.

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