Óscares 2020: estas são as apostas para melhor filme - TVI

Óscares 2020: estas são as apostas para melhor filme

  • AG
  • 13 jan 2020, 17:23

De histórias verídicas a desgostos de amor. Há de tudo entre os nove nomeados

Os Óscares são o ponto alto da época cinematográfica. É onde todos querem estar, e o momento mais anunciado chega no fim da cerimónia. Todos os anos, milhões de pessoas juntam-se em frente ao ecrã para ouvirem o anúncio "E o óscar para Melhor Filme vai para...".

No ano de 2020, existem quatro nomes fortes para chegar à desejada estatueta.

Joker

Relegado desde sempre para segundo plano, fazendo de vilão em muitos filmes do herói Batman, Joker teve a história que merece em 2019. A junção de um argumento poderoso com uma representação ímpar de Joaquin Pheonix levaram a que este seja o filme mais nomeado para os Óscares de 2020, com onze indicações.

Todd Phillips apresenta uma visão quase biográfica de um homem incompreendido, a quem tudo corre mal. Gozado por muitos, Arthur Fleck acaba por perceber o poder que a força pode representar, desenvolvendo essa caraterística ao longo do filme.

A situação fica descontrolada quando acaba por realizar, sem sucesso, uma ação de stand up comedy.

O Irlandês

A presença de Martin Scorsese na gala dos Óscares é obrigatória, e foram muitas as vezes em que lá esteve na condição de nomeado. Volta a repetir esse estatuto a 9 de fevereiro de 2020, levando o seu O Irlandês, que tem dez nomeações.

Apesar de ter sido indicado por várias vezes para Melhor Diretor, esta é apenas a terceira vez que recebe a nomeação para Melhor Filme (depois de Hugo e O Lobo de Wall Street).

O Irlandês acompanha a vida de vários gangsters norte-americanos ao longo do século XX, apresentando um luxuoso elenco de veteranos como Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci ou Harvey Keitel.

Era uma vez em... Hollywood

Este filme tem Quentin Tarantino escrito em todo o lado. Desde uma banda-sonora primorosa, à sua própria interpretação dos factos, este é um filme que retrata a sociedade de Hollywood nos finais da década de 60.

Com várias narrativas dentro de várias, a principal história é contada pelo personagem de Leonardo Di Caprio. O ator faz de Rick Dalton, um ator que procura de forma incessante o sucesso no cinema, mas que não se consegue descolar de papéis anteriores em westerns televisivos.

Entre as histórias secundárias está a do homicídio de Sharon Tate, se bem que contado de uma forma "ligeiramente" diferente. Será que é este ano que Quentin Tarantino chega ao tão desejado óscar de Melhor Filme?

1917

Caminhou de forma discreta até se afirmar como um dos favoritos à vitória final. O Globo de Ouro para Melhor Filme terá contribuído para que surja num dos lugares cimeiros para a conquista da estatueta mais desejada.

Sam Mendes baseou-se na história do avô para contar a história de Schofield e Blake, dois jovens soldados britânicos que combatem na Primeira Guerra Mundial.

Quando são encarregados de uma missão aparentemente impossível, vêm-se obrigados a atravessar território inimigo para entregarem uma mensagem que pode salvar os seus colegas de patrulha.

Histórias de amor e de lutas

Os restantes cinco nomeados para o óscar de Melhor Filme contam histórias bem diferentes entre si. Em Le Mans '66: O Duelo, Christian Bale e Matt Damon protagonizam uma acesa luta por um lugar no topo do automobilismo. As 24 horas de Le Mans, então dominadas pela Ferrari, conheciam um rival à altura, depois da ousadia de Carrol Shelby (Matt Damon) e de Ken Miles (Christian Bale), que construíram um Ford capaz de rivalizar com a construtora italiana.

Não é habitual o humor negro estar entre os filmes candidatos a Melhor Filme, mas a mestria com que Jojo Rabbit é feito não deu outra opção à Academia. Esta é a história de um rapaz que vive num mundo solitário, apenas ajudado pelo seu amigo imaginário... Adolf Hitler. A trama desenrola-se durante a Segunda Guerra Mundial, e é uma forma bem divertida de tratar um assunto sério como este. Quando se pensa que não há mais espaço para se fazer cinema sobre este assunto, eis que Taika Waititi nos oferece uma proposta bem diferente.

As figura feminina volta a levar Greta Gerwig diretamente para os lugar dos melhores. A jovem realizadora de 36 anos apresenta Mulherzinhas depois do sucesso de Lady Bird. Neste enredo, que se passa em torno da guerra civil norte-americana, quatro irmãs vão ter de aprender a lidar com a doença de uma delas, que poderá mudar as suas vidas para sempre.

É impossível falar de Marriage Story sem referir as tremendas interpretações de Adam Driver, Scarlett Johansson e Laura Dern, mas convém referir que todos eles estão bem suportados por um forte argumento. Quando um casal passa por um divórcio, a importância de se poder contar com a família ganha outra dimensão.

Bong Joon-ho traz-nos Parasita, a trama em volta de uma família sul-coreana para quem tudo muda depois de um feliz acaso. Habituados ao desemprego e a viverem num porão sujo, os Ki-taek começam a ter contacto com os estratos mais altos da sociedade. Depressa vão perceber os custos associados aos segredos e mentiras necessários para uma ascensão social rápida.

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