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O Sporting «está por baixo» relativamente ao FC Porto, no que à tabela classificativa diz respeito, mas Jorge Jesus lembrou, na antevisão do clássico da 20ª jornada, que a sua equipa sabe vencer no Dragão. Até porque o técnico venceu os três duelos com o FC Porto de leão ao peito.
«Um clássico tem importância sempre acrescida. São duas grandes equipas do futebol português, independentemente da classificação. Neste momento somos nós que estamos por baixo, mas vamos para o Dragão com muita confiança, sabendo qe vamos defrontar uma boa equipa, mas sabendo também aquilo que temos de fazer. Não é novidade nenhuma vencer lá», disse o técnico, em conferência de imprensa.
«Sabemos que vamos ter algumas complicações durante o jogo, é normal, mas o importante é a personalidade da equipa, e a estratégia. Estou convencido que vai ser um encontro bem jogado por ambas as equipas, emocionante, e espero bem que os meus jogadores estejam melhor do que a equipa do FC Porto, para sairmos de lá com os três pontos», acrescentou.
Na véspera Nuno Espírito Santo tinha dito que «o FC Porto conhece perfeitamente a equipa do Sporting, mesmo após as mudanças» do mercado de transferências, e Jorge Jesus concorda com esta análise, se aplicada também no sentido inverso.
«Acho que sim, que o treinador do FC Porto tem alguma razão naquilo que diz. Em Portugal conhecemos perfeitamente uns aos outros, mas nem eu conheço a cabeça do Nuno relativamente à estratégia para este jogo, nem ele sabe aquilo que eu penso para o jogo. Aí pode aparecer algo diferente. São equipas com um conhecimento tático muito evoluído. A identificação que a equipa do Porto tem é a mesma que o Sporting tem em relação ao Porto», defendeu.
Questionado se o clássico do Dragão era um jogo de vida ou morte para o Sporting, Jesus torceu o nariz à expressão, embora "perdoando" a aplicação neste contexto. «Se for desportivamente está bem. Mas mesmo assim este jogo não é. As equipas têm momentos, têm oscilações, e as equipas que jogam de baixo para cima conseguem, muitas vezes, galvanizar-se. O Sporting está a olhar de baixo para cima, tem dois concorrentes muitos fortes à frente, e quer chegar mais perto. Mas nesta situação está dependente de terceiros. No jogo a jogo está dependente de si, e por isso temos de fazer contas jogo a jogo», analisou.
«Se ganharmos no Dragão ficamos mais confiantes, mais perto, mas isso não significa nada», acrescentou ainda Jesus, que foi questionado se a derrota do líder Benfica em Setúbal alterava a visão leonina relativamente à luta pelo título.
«O Sporting tem de pensar jogo a jogo. Neste momento depende de terceiros, e tem de fazer as contas é no final. Agora tem de fazer contas ao FC Porto, e depois no final faz as contas», insistiu.
A fechar o técnico leonino foi ainda questionado sobre a nomeação de Hugo Miguel para o clássico, e respondeu dentro daquela que tem sido a posição habitual: «Como tenho dito sempre, tenho a máxima confiança em todos os árbitros. Mas depois do jogo estão sujeitos ao que possa acontecer em campo, aos comentários. Como treinador tenho o direito de o fazer. Eu vou escolher o meu onze, o Nuno vai escolher o seu, e o Conselho de Disciplina (ndr. as nomeações são feitas pelo Conselho de Arbitragem) tambén fez as suas escolhas. Se eles entenderam que é o melhor, eu concordo perfeitamente.»