A derrota da direita nas eleições de Lisboa - TVI

A derrota da direita nas eleições de Lisboa

  • Portugal Diário
  • 16 jul 2007, 00:08
Fernando Negrão, na sede do PSD - Foto Tiago Petinga/Lusa

Marques Mendes antecipa directas e CDS convoca Conselho Nacional

Os resultados eleitorais para a câmara de Lisboa trouxeram amargos de boca aos partidos de direita. Fernando Negrão ficou em terceiro lugar, apesar de ter eleito três vereadores como o independente Carmona Rodrigues, o que conferiu ao PSD uma derrota, após ter tido a presidência da autarquia durante seis anos.

Daí que Marques Mendes tenha já anunciado que irá antecipar para depois do Verão as eleições directas previstas para Maio de 2008, de modo a que haja uma clarificação política.

«O resultado é mau. A responsabilidade é minha e assumo-a por inteiro. Vou propor aos órgãos do PSD a antecipação das eleições directas à liderança do partido, naturalmente serei candidato», disse. O próprio candidato, Fernando Negrão - que anunciou ir filiar-se no PSD na próxima semana - reconheceu que uma das razões da sua derrota nas eleições foi o facto do eleitorado ter entendido que o partido «devia ser castigado».

A liderança do PSD não foi a única vítima desta noite eleitoral, tendo o presidente do CDS/PP anunciado já, também, que irá convocar um Conselho Nacional ao qual transmitirá a reflexão que está a fazer sobre a sua posição no partido.

Com apenas 3,7 por cento dos votos, o CDS/PP não elegeu nenhum vereador - algo que nunca aconteceu na história democrática da Câmara de Lisboa - o que levou Telmo Correia a anunciar que vai pedir a demissão da vice-presidência do partido e da liderança da bancada parlamentar.

Paulo Portas, que assumiu a derrota das eleições intercalares ao lado de Telmo Correia, anunciou que vai convocar um Conselho Nacional para discutir as consequências do desaire eleitoral. «Vou pedir a convocação de um Conselho Nacional o mais breve possível. Estou a fazer uma reflexão pessoal sobre as condições da acção política em Portugal», referiu. «O partido deve pensar sobre o que sucedeu, assumo as minhas responsabilidades».
Continue a ler esta notícia