Champions: Besiktas-Sporting, 1-4 (crónica) - TVI

Champions: Besiktas-Sporting, 1-4 (crónica)

Leão ruge e reage perante as águias negras

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Primeiro, o sufoco turco. A pressão alta. A atmosfera de Istambul.

Depois, o rugido do leão e uma primeira parte quase perfeita para a primeira vitória e os primeiros pontos do Sporting na Liga dos Campeões.

Coates bisou em dois cantos ‘tirados a papel químico’, Sarabia estreou-se a marcar pela equipa de Ruben Amorim, Paulinho fechou com um golaço e o Sporting ganha alento para lutar pelo apuramento para os oitavos de final. Mais: venceu pela primeira vez na Turquia, ao quinto jogo.

O Sporting entrou com dificuldades em sair do seu meio campo face à pressão alta imposta pela equipa de Sergen Yalcin, mas conseguiu depois pôr a nu os desequilíbrios coletivos de um Besiktas que se mostrou frágil na coesão defensiva.

Ghezzal deu dois avisos para Adán nos primeiros cinco minutos e o espanhol mostrou reflexos ao defender um remate de Alex Teixeira aos 13 minutos, embora o lance tenha acabado invalidado por fora-de-jogo.

Besiktas-Sporting: todo o filme do jogo

Foi ao fim do primeiro quarto de hora que tudo, mas quase tudo, mudou no figurino de um jogo que parecia fazer adivinhar as noites de má memória ante o Ajax e Borussia, mas sobretudo ante os holandeses, que à semelhança dos turcos, tinham entrado com tudo (mas com golos) ante o leão.

Não foi assim.

Não foi assim porque Coates, o capitão, materializou a primeira ameaça dada por Sarabia: o espanhol obrigou Destanoglu a uma grande defesa para canto, do qual nasceu o primeiro golo. Pedro Gonçalves bateu, Gonçalo Inácio desviou ao primeiro poste e Coates emendou de cabeça ao segundo (15m).

A partir daí, o Besiktas pareceu perder a orientação e Matheus Reis e Pedro Gonçalves podiam ter marcado. Mas faltou o que faltou em vários lances (no que podia ter resultado numa goleada ainda mais histórica): mais definição no último terço.

Talvez por isso o Besiktas ainda tenha tido uma oportunidade inicial para nascer para o jogo. Canto com canto se responde e Larin – ainda que com uma ação dúbia nas costas de Matheus Reis – aproveitou a falta de antecipação do brasileiro e desviou de cabeça para o 1-1 (24m).

Mas a resposta do leão foi imediata e não houve dois golos de canto sem três. O 1-2 foi uma fotocópia do 0-1 e Coates, desta vez após um primeiro desvio de Paulinho, cabeceou com potência para o golo.

Até ao descanso, o jogo foi frenético: Porro ficou perto do terceiro, Batshuayi rematou ao poste e o Sporting voltou depois a festejar quando o árbitro, com auxílio do VAR, descortinou um braço de Vida após cabeceamento de Coates. Sarabia partiu para o penálti, fez o 1-3 (44m) e só deu mais descanso ao Sporting ao intervalo porque, logo a seguir, Alex Teixeira viu um golo fantástico anulado por centímetros.

Na segunda parte, o Sporting conseguiu controlar, foi mais experiente que o Besiktas em vários momentos do jogo e não permitiu a aproximação. Aliás, como se disse, não fosse a falta de definição no último terço e o resultado seria bem mais dilatado.

Adán fechou o que havia para fechar, Paulinho ameaçou com duas bolas ao poste, mas acabou em grande, com um golaço de pé esquerdo a fechar as contas ao minuto 89. O Sporting ruge na casa das águias negras e reage no meio dos campeões.

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