Jesus condecorado em Belém: «Está mais difícil um regresso a Portugal» - TVI

Jesus condecorado em Belém: «Está mais difícil um regresso a Portugal»

Mundo do futebol juntou-se para assistir à homenagem ao treinador do Flamengo

Jorge Jesus foi condecorado esta segunda-feira pelo presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, com a Ordem do Infante Dom Henrique, numa cerimónia que contou com a presença de Luís Filipe Vieira (Benfica), Frederico Varandas (Sporting), António Salvador (Sp. Braga), bem como muitas outras personalidades do mundo do futebol. O treinador manifestou-se «orgulhoso», falou do Brasil e de um eventual regresso a Portugal.

As primeiras palavras foram do presidente da República. «No caso de Jorge Jesus, além da carreira conhecida, interna e externamente, temos a condução à vitória de um clube numa competição continental de prestígio mundial e, por causa disso, a presença numa final mundial. Além desses factos, não sendo um clube português, é um clube que fala português. Jorge Jesus contribuiu para projetar o prestigio de Portugal no mundo do desporto, num país que nos é muito querido», começou por destacar Marcelo Rebelo de Sousa a abrir a cerimónia.

Já depois de receber a condecoração das mãos do presidente da República, Jorge Jesus falou em «orgulho». «Sei o significado desta condecoração, sei quem era o Infante Dom Henrique. Todos os dias no Brasil tinha de atravessar a Avenida Infante Dom Henrique, portanto no Brasil já tinha uma aproximação com ele. Não fui eu nem a minha equipa técnica que descobriu o Brasil, quem descobriu o Brasil foi Pedro Álvaro Cabral, em 1500. Também não fui eu que deu a independência ao Brasil, foi Dom Pedro em 1822. Mas fomos nós, a 23 e 24 de novembro, que conquistámos dois títulos no Brasil,. Vamos ficar também na história do Brasil, eles de uma maneira diferente, nós de outra maneira», começou por destacar Jorge Jesus.

Já de medalha ao peito, Jorge Jesus disse que se sentia «um pouco mais pesado». «É uma condecoração completamente diferente de todas as que já tive ao longo dos anos», destacou o treinador que, neste ano de 2019, conduziu o Flamengo à conquista do título de campeão do Brasil, da Taça Libertadores, além de ter jogado a final do Mundial de Clubes. «A vitória na Libertadores foi importante, mas a vitória mais importante foi sentir o carinho e o consenso por Jorge Jesus», prosseguiu o treinador.

Uma cerimónia que contou com a presença de muitas personalidades do mundo do futebol, mas com uma ausência de destaque. «Procurei convidar os presidentes dos clubes onde trabalhei. Se calhar não reconheceram um, o presidente Pimenta Machado, antigo presidente do V. Guimarães. Sem eles, se calhar hoje não estava aqui. Gostava de ter aqui mais presidentes, também convidei o presidente do FC Porto, mas não pôde estar porque, além de ter feito anos ontem, está doente», contou.

Jorge Jesus disse que ainda que, nesta altura, «está mais difícil um regresso a Portugal», até porque tem contrato com o Flamengo por mais seis meses e sente-se bem no Brasil. «Vamos regressar no dia 20 ao Rio para começarmos a pré-época. Temos contrato até junho e estamos felizes, não só pelos resultados desportivos, mas também por outras coisas que se calhar são mais importantes do que os êxitos desportivos, como pela forma apaixonada dos torcedores do Flamengo», referiu ainda.

Continue a ler esta notícia