Desemprego e custos de vida tornam portugueses os mais pessimistas - TVI

Desemprego e custos de vida tornam portugueses os mais pessimistas

Desemprego

País vive desalento em relação ao modo como a economia tem avançado

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Os portugueses são os mais pessimistas no que respeita à situação económica do país. Em tempo de crise, o povo mostra que anda desencantado, porque ganha pouco e gasta muito ou simplesmente porque está desempregado, ou em risco disso.

O estudo Roper da GfK Metris, apresentado esta quarta-feira em Portugal, revela que só 26% dos portugueses estão mais optimistas e confiantes que, daqui a 12 meses, a situação económica seja melhor que actualmente.

Inflação e preços elevados também lideram preocupações

As principais preocupações dos portugueses estão assim relacionadas com a recessão económica e desemprego, com o crime e ausência de Lei e ainda com a inflação e os preços elevados que se praticam a nível nacional.

Estas percentagens e inquietações contrastam com o sentimento vivido a nível europeu e mundial, já que 59% dos espanhóis sentem-se optimistas quanto ao desenrolar da sua economia até ao próximo ano. Os franceses surgem com uma confiança de 45%, os ingleses com 57% e os alemães com 36%.

70% dos americanos optimistas quanto ao futuro

Nos EUA, a confiança na melhoria da situação económica é evidente. 70% dos norte-americanos mostram-se optimistas quanto ao futuro.

Além de Portugal, nenhum outro país europeu apresenta como principais preocupações a situação económica. Espanha mostra mais cautela em relação ao crime, à ausência de Lei e ao terrorismo.

Segundo o General Manager da GfK, Luís Valente Rosa, «este desencanto que se vive em Portugal está relacionado com o descrédito que há nas instituições políticas». O mesmo responsável frisa que a confiança no Governo, na Assembleia da República (AR) e nos partidos é «ainda reduzida».

«Há um desalento em relação ao modo como o país tem avançado, nos últimos anos. Os portugueses estão desiludidos e consideram que já não vale a pena confiar ou investir», remata.

Recorde-se que o estudo Roper faz a análise do consumidor português num comparativo internacional sobre o estado do país, tempos livres e estilos de vida, valores pessoais, poder das marcas, redes de influência social, comportamento e decisão de compra, bebidas, assuntos relacionados com a juventude, comunicação social e publicidade, tecnologia e telecomunicações, beleza e automóveis.

Neste estudo apresentam-se os resultados de cerca de 40 mil entrevistas realizadas de forma directa ou pessoal, aos consumidores com mais de 13 anos, de 31 países.
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